Sepultura: "Mediator" é uma volta às raizes ou ao "Roots"?
Resenha - Mediator Between Head and Hands Must be the Heart - Sepultura
Por Nilton Rodrigues
Postado em 22 de outubro de 2013
Nota: 6 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Eu sou um admirador da fase Derrick. De verdade. Existem até resenhas minhas aqui rasgando seda para os discos dessa era. Mas confesso que às vezes não consigo entender o direcionamento da banda.
Explico. Era latente a evolução da banda a cada disco lançado pela era Derrick, principalmente os três últimos, com destaque para o ótimo Kairos (2011), mas mesmo assim em todo o play a sensação que fica é que a banda segue uma cartilha com alguns dogmas que misteriosamente não podem ser quebrados, como uma porcentagem de brasilidade ou experimentações que, na verdade, convenhamos, não somam em nada.
No novo disco da banda, com o quilométrico nome de "The Mediator Between the Head and Hands Must be the Heart" o que acontece é um coito interrompido. Existe um brutalidade latente, mas com uma ânsia de soar moderno custe o que custar. Sério, qual a necessidade do vocal soar quase incompreensível durante todo o play? Soar abafado, como se o som fosse gravado de uma rádio não é estilo, é um tiro no pé. Sinceramente, às vezes acho que o Sr. Kisser e cia. esqueceram que o ouvinte quer diversão, bangear, cantar, sem ter que decifrar a música ou entender um pseudo conceito por trás de cada barulho deslocado. Simples assim.
A escolha de Ross Robinson como produtor também soa estranha e com um cheiro de oportunismo, algo como "eu te ajudo se você me ajudar", já que o artesão do lendário "Roots" não produz nada significante há um bom tempo. Que falta faz Andy Sneap quando o assunto é soar Metal e não um produto exótico para gringo ver.
Enfim, uma bolacha cheia de peso e fúria, como comprovam "The Vatican", "Trauma of War" e "Obsessed", mas que se dilui na necessidade de pensar demais e buscar uma sonoridade única e modernosa.
A banda parece estar tensionada, tentando achar um diferencial custe o que custar, seja chamando um produtor de um álbum clássico, seja tentando modular o presente com meia cara de passado. Se eu fosse dar um conselho para o próximo álbum, eu daria um mantra: menos é mais.
Tracklist:
01. Trauma Of War
02. The Vatican
03. Impending Doom
04. Manipulation Of Tragedy
05. Tsunami
06. The Bliss of Ignorants
07. Grief
08. The Age Of The Atheist
09. Obsessed
10. Da Lama ao Caos
Outras resenhas de Mediator Between Head and Hands Must be the Heart - Sepultura
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Site de ingressos usa imagem do Lamb of God para divulgar show cristão
Dorsal Atlântica termina gravações do seu novo disco "Misere Nobilis" e posta vídeo reflexivo
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
As 50 melhores músicas de 2025, segundo a Classic Rock
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
A mágoa de Nasi após André Jung depor contra ele em pedido de interdição
A paixão de dois músicos pelas mesmas mulheres que gerou um clássico nacional
Charlie Watts: "Eu culpo o Led Zeppelin por shows de duas horas"

Max, Andreas, Fernanda e Prika falam sobre Lemmy; "Esse cara fuma 40 cigarros de uma vez?!"
O disco de hip-hop que fez a cabeça dos irmãos Cavalera nos anos 80
Site americano aponta curiosa semelhança entre Sepultura e Opeth que poucos notaram
Morre o técnico de som "Macarrão", que trabalhou com Raimundos, Sepultura, Mamonas e outros
Metal: A escola de marketing que ninguém te contou
Max Cavalera aponta o que ele e Tom Araya tem que IA alguma jamais terá
Max Cavalera diz que não gosta de escrever letras e chama processo de "tedioso"
Max Cavalera tentou repetir a fórmula de "Roots Bloody Roots" em clássico do Soulfly
O disco que o incansável Max Cavalera mais se divertiu gravando
Max Cavalera acha que escrever letras de músicas é uma tarefa entediante



