Sepultura: O "novo" grupo enfim gravou seu álbum definitivo
Resenha - Mediator Between Head and Hands Must be the Heart - Sepultura
Por Thiago Barcellos
Postado em 25 de outubro de 2013
Nota: 9
O Mediator apresenta um novo Sepultura, renovado pelo seu novo integrante, o jovem baterista Eloy Casagrande (Ex- Andre Mattos, Glória) e mostra a banda atingindo um ápice que começou lá atrás no Roorback que culminou nesse álbum que afirma de vez a capacidade dessa formação sem os irmãos Cavalera.
Tudo aqui está no seu devido lugar, os riffs e solos de Andreas atingiram uma maestria simplesmente fenomenal com riffs criativos e que por um lado nos remetem à fase áurea do Seps e por outro lado soam atuais e muito criativos. E a batera, meu amigo... Eloy simplesmente gravou um dos melhores (senão o melhor) trampo de bateria de toda a carreira do Sepultura. Derrick também vem com seu vocal mais cavernoso do que estamos acostumados, e mostra uma versatilidade impressionante.
O CD é realmente animal, a primeira faixa "Trauma of War" já entra rasgando tudo com uma levada extremamente técnica e rápida. Simplesmente animal! Logo em seguida em "The Vatican" começa com uma introdução com cordas e um coro de vozes interessante, seguidos por uma levada puramente "Sepultura" e é uma das músicas mais pesadas de toda a carreira! Levadas de Death metal e viradas insanas de bateria, além de uma letra simplesmente perversa dissertando sobre as origens do Vaticano.
Já com o pescoço dolorido chegamos à terceira, "Impending Doom" mais cadenciada e que lembra um pouco Territory na levada, e Kairos no refrão. Destaque pra rifferama no meio da música.
"Manipulation of Tragedy" entra com uma levada quebrada meio inusitada, mas que funcionou muito bem. Mais influências de death e uma parte com percussão e ótimas linhas de guitarra no meio. Impressionante como os caras simplesmente uniram perfeitamente suas antigas características com essa nova proposta, e essa música é a prova disso.
"Tsunami" nos remete um pouco a fase Chaos AD com ótimos riffs e possui um solo muito legal no meio além de bons vocais de Mr. Green mostrando todo seu arsenal.
A sexta "The Bliss of Ignorants" começa com uma levada percussiva típica da banda pra entrar numa porradaria e mais vocais cavernosos de Derrick. "Grief" começa com uma guitarra dedilhada e vocais limpos do cantor que, se soa meio estranha à primeira ouvida, mostra o quanto ele sabe cantar. De certa forma é uma balada mas não deixa de ser extremamente pesada. "The Age of Atheist" foi a primeira a ser divulgada e é a que mais se parece com o passado recente da banda. Achei a mais fraca do CD, mas mesmo assim é pesadona e tem uma letra muito maneira.
"Obsessed" tem a participação especial de Dave Lombardo (ex-Slayer) na bateria e tem uma levada Thrash que sua cabeça começa a banguear instantaneamente. E sobre a última "Do caos à lama", sinceramente conheço muito pouco a banda do tal Chico Science e nunca achei nem um pouco interessante o estilo. Ficou parecendo uma Ratamahatta e ficou até interessante. Ah, e pra quem curte tem um solo de bateria escondido após a última faixa.
Enfim meus amigos, o Sepultura gravou seu álbum definitivo pós-Cavalera. Podem chorar as viúvas, pode o Max falar mal até seus cotovelos explodirem de tanta dor e afins. E aos tolos que nunca deram uma chance ao Sepultura pós-Roots eu mas vou dizer: Este disco é o que foi feito de melhor desde a separação da banda por todos os envolvidos, incluindo aí o próprio Sepultura, Soulfly e o Cavalera Conspiracy. Só não leva 10 pelo tamanho do título e porque deveria ter mais músicas!!
Tracklist:
01 Trauma of War
02 The Vatican
03 Impending Doom
04 Manipulation of Tragedy
05 Tsunami
06 The Bliss of Ignorants
07 Grief
08 The Age of the Atheist
09 Obsessed
10 Da Lama ao Caos
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