The Who: Clássico e o maior sucesso comercial do grupo
Resenha - Who's Next - Who
Por Rodrigo Noé de Souza
Postado em 22 de julho de 2013
Nota: 10 ![]()
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"O problema com o The Who é que as ‘rádios Rock’ tocam as mesmas três músicas deles o tempo todo. Quando eu era garoto, a gente ouvia rádio para conhecer coisas novas. Eram coisas que não eram comerciais e que eram fantásticas! Hoje toca a mesma música a cada dez minutos, é algo que não compreendo". A frase foi dita pelo baterista Vinny Appice (Kill Devil Hill, Black Sabbath/Heaven & Hell, Ronnie James Dio) após ouvir Won’t Get Fooled Again. Antes disso, o Who estava no auge, após a consagração da ópera-Rock Tommy (1969) e inúmeros shows, incluindo o Woodstock (para Pete Townshend foi o pior de todos!) e a gravação do ao vivo Live At Leeds.
Inicialmente o guitarrista narigudo iría gravar mais uma ópera-Rock, intitulada Lifehouse, com um enredo complexo, misturando ficção científica e realidade virtual. Porém as coisas desandaram para o lado da banda, já que os outros integrantes abusavam da fama, incluindo o baterista e louco nas horas vagas Keith Moon, que vez ou outra bebia e promovia os quebra-quebras da vida.
Com a ajuda do produtor Glyn Jones, a banda pegou boa parte das músicas que iriam fazer parte do Lifehouse e transformaram em um disco normal que viraria, mais tarde, seu maior sucesso comercial: Who’s Next. Gravado no Olympic Studios, em Londres, o tracklist é uma coletânea de peças, que só saíram da mente insana de Townshend.
Apenas uma música não foi escrita pelo guitarrista: My Wife, de John Entwistle, fala sobre uma mulher ciumenta que tenta matar seu marido. Não poderia comentar sobre o disco sem citar os três hits, que se tornaram obrigatórias nos shows. Baba O’Rilley, Behind Blue Eyes e a já citada Won’t Get Fooled Again.
A primeira é uma homenagem ao guru espiritual de Peter, Meher Baba e o músico vanguardista Terry Rilley, cuja introdução de sintetizador e o peso da bateria do lunático Keith Moon viraram abertura do CSI: NY, além do piano tocado por Nick Hopkins e o violino, por Dave Arbus. Quem também virou tema de outra série do CSI (de Miami) foi Won’t Get Fooled Again, que define a perfeição de uma banda ao vivo. Behind Blue Eyes seria uma concorrente de Stairway To Heaven, do Led Zeppelin, por sua beleza e peso, na medida certa.
Além dessas faixas, as camadas de sintetizador recheiam The Song Is Over, Bargain, Going Mobile e Getting In Tune. A capa mostra os quatro integrantes ajeitando suas calças, como se estivessem urinando em uma espécie de monólito, uma referência ao famoso filme 2001: uma Odisseia no Espaço, do diretor Stanley Kubrick. Aliás, o próprio diretor foi cogitado para dirigir o filme Tommy, mas que acabou nas mãos de Ken Russel.
Who’s Next foi lançado no dia 14 de agosto de 1971, ficou em primeiro lugar nas paradas britânicas, 4ª posição nos EUA, recebendo disco de platina triplo. Em 2007, foi incluída no Grammy Hall Of Fame, além de ser documentado na série Classic Albuns. Para provar que o teste do tempo surtiu efeito, o álbum entrou na lista dos 200 melhores discos de todos os tempos, no Rock and roll Hall of Fame, 13º melhor álbum, segundo o canal WH1 e 28º entre os 500 melhores discos, na visão da Rolling Stone.
Formação:
Roger Daltrey – vocal
Peter Townshend – guitarra
John Entwistle – baixo
Keith Moon – bateria
Tracklist:
1-Baba O'Riley
2-Bargain
3-Love Ain't For Keeping
4-My Wife
5-The Song Is Over
6-Getting In Tune
7-Going Mobile
8-Behind Blue Eyes
9-Won't Get Fooled Again
Outras resenhas de Who's Next - Who
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