Ghost: Odes ao cramulhão repletas de climas sinistros
Resenha - Opus Eponymous - Ghost
Por Junior Frascá
Postado em 28 de abril de 2012
Nota: 9 ![]()
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Finalmente é lançado no mercado nacional, via Hellion Records, o disco de estréia dos suécos do GHOST, banda que é uma das novas sensações do meio metálico. E o trabalho dos caras é realmente impressionante, trazendo uma aura oitentista em pleno novo milênio, o que tem atraído milhares de fãs da música pesada.
Além disso, a banda tem um visual bem teatral, fazendo apresentações bem interessantes e, aliados ao mistério acerca de seus integrantes, tornam a banda ainda mais especial (o que também atrai mais a atenção, convenhamos). Porém, de nada adiantaria tudo isso se a música apresentada não fosse boa, não é mesmo? Mas felizmente a qualidade musical é o que prepondera no trabalho desses suecos que, sem buscarem grandes inovações, apresentam um álbum realmente surpreendente.
Liricamente falando, a banda traz neste material nove odes ao cramulhão, com canções repletas de climas sinistros, pesados e obscuros, que contrastam surpreendentemente com os vocais suaves e sem exageros de Papa Emeritus, disparado o grande destaque do material, junto com os teclados que são os grandes responsáveis pelos climas tenebrosos mencionados. O trabalho de guitarras também é notável, com riffs e solos que remetem o ouvinte à fase clássica do metal, com influências que vão de Black Sabbath e Candlemass à Mercyful Fate e Iron Maiden, e a cozinha, apesar de simples, também é eficiente, e não compromete. Ademais, os músicos instrumentistas da banda são denominados apenas como "Nameless Ghouls", sem qualquer outra informação, e se vestem como monges com mascaras pretas para impedir suas identificações.
O disco é todo excelente, sendo que cada faixa muito cativantes, em especial "Con Clavi Con Dio", com um excelente trabalho de cordas e vozes; "Ritual", com um refrão matador, sendo a melhor do trabalho, e já podendo ser considerada um clássico do estilo; e "Elizabeth", que "homenageia" a condessa Elizabeth Bathory.
A qualidade de gravação também merece menção, pois deixou tudo sujo na medida certa, contribuindo para a sonoridade macabra da banda, sendo que o álbum foi gravado nos estúdios Manfire e White Light, mixado e masterizado por Jaime Gomes Arellano e produzido por Gene Walker.
Assim, o GHOST é uma banda que caminha a passos largos para se firmar entre as maiores revelações do metal nos últimos tempos, e já em seu debut conseguiu um resultado excelente, que deverá agradar a grande maioria dos fãs da música pesada. E agora, com o disco sendo lançado no mercado nacional, não há mais desculpa para não adquirir o seu, pois vale cada centavo investido. Obrigatório.
Opus Eponymous - Ghost
(2010 – Hellion Records - Nacional)
1. Deus Culpa
2. Con Clavi Con Dio
3. Ritual
4. Elizabeth
5. Stand by Him
6. Satan Prayer
7. Death Knell
8. Prime Mover
9. Genesis
Outras resenhas de Opus Eponymous - Ghost
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