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Van Halen: De volta, em turnê e com um disco fantástico

Resenha - A Different Kind Of Truth - Van Halen

Por João Paulo Linhares Gonçalves
Fonte: ripandohistoriarock
Postado em 24 de fevereiro de 2012

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Vamos falar sobre o novo disco do Van Halen, "A Different Kind Of Truth", lançado no começo deste mês de fevereiro. É o primeiro disco de inéditas da banda desde 1998 (quase 14 anos!) e o primeiro com Dave Lee Roth desde 1984!

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Desde o final de 2011, fortes rumores apontavam para uma nova turnê da banda. Todos imaginavam que seria apenas uma turnê de velhos sucessos, já que não havia nada na imprensa sobre um novo álbum. Mas no final de dezembro, a banda surpreendeu com o anúncio não só de uma turnê mas também de um novo álbum de inéditas. O começo de 2012 foi de grande atividade, com um show para jornalistas em New York e amostras de músicas do vindouro disco. Estas amostras acabaram se tornando um pouco desapontadoras, e o primeiro single do disco, "Tattoo", lançado no dia 10 de janeiro, não deixou ninguém animado.

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Diversos comentários na Internet aumentaram o desapontamento, já que os fãs mais antigos da banda apontaram a nova música como requentada, uma antiga canção revista (Sammy Hagar, ex-vocalista da banda e atual do Chickenfoot, aproveitou pra por mais lenha na fogueira também). Aos poucos, novas amostras foram sendo liberadas e alguma luz no fim do túnel foi vista - afinal as amostras não eram tão ruins...

No começo de fevereiro, alguns dias antes do lançamento oficial, o disco vazou na Internet. Pronto, foi uma correria aos sites de compartilhamento para baixar logo o petardo, afinal estes sites estão sob feroz ataque da patrulha americana e das gravadoras. Rapidamente, diversas resenhas começaram a surgir, todas em uníssono apontando para um disco muito bom. Como tenho o costume de escutar um disco por algum tempo antes de emitir minha opinião, aqui estou eu comentando sobre o novo disco do Van Halen depois que todo mundo já o fez...

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O disco abre com a já falada "Tattoo", que de longe é a pior do disco. Mas escutando ela algumas vezes você acaba gostando um pouco dela e percebendo algumas qualidades - o solo de Eddie, por exemplo. Depois de quase 5 minutos desta canção, você fica com aquele sentimento que o Van Halen poderia ter feito melhor... A seguir vem mais uma que você sabe que é antiga e foi requentada para este álbum - "She's The Woman". Mas as coisas começam a melhorar: você começa a perceber que a banda está de volta ao seu velho estilo que praticava com Diamond Dave, com boas melodias, uma guitarra marcante, solos furiosos de Eddie e tudo o mais. Você já nem se lembra que Michael Anthony está ausente, já está curtindo bastante o disco... Apenas na segunda canção? É...

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"You And Your Blues" começa e me sinto transportado para os velhos tempos do Van Halen, uma canção melodiosa e prazerosa de se escutar. Aqui já estou achando que o álbum vai ter que cair muito o seu nível para não ser um dos melhores de 2012. Só que a seguir vem "China Town", onde Eddie começa arrasando, não deixando pedra sob pedra. Sim, o bom Van Halen está de volta!! Não há discussão, a banda conseguiu finalmente gravar um grande álbum, depois de tantos anos com pouca ou nenhuma atividade. Viva!!

"Blood And Fire" é mais uma daquelas canções melodiosas de que já falei, gostosas de se escutar. E pensar que com tantas boas canções, escolheram logo "Tattoo" como single... "Bullethead" aumenta a velocidade e entrega uma banda que parece estar gravando seu primeiro disco, tamanha a vontade demonstrada. "As Is" mantém a pegada e a velocidade impressionantes. "Honeybabysweetiedoll" começa com sons diferentes da guitarra de Eddie, mas rapidamente um riff forte toma conta e conduz belamente a canção. "The Trouble With Never" é outro petardo do disco, guitarra a toda e boa melodia - com uma parte de vocal falado seguida de um riff pesado arrasador. "Outta Space" entra e continua aquela impressão de que o Van Halen está querendo provar algo para todos - se queria, provou! Riffs inspirados e certeiros, solos supersônicos que todo guitarrista de metal gostaria de criar... Em "Stay Frost", aquele blueszinho começa tranquilo e acelera no ritmo do disco e no ritmo do novo Van Halen, que nada mais é que o bom e velho Van Halen. "Big River" e "Beats Workin'" fecham o disco em alto estilo e apenas corroboram a opinião de quase todas as resenhas que li sobre este disco (incluindo esta): provavelmente será o lançamento do ano, um excelente retorno!

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Ninguém se importa que metade das canções é antiga ou recauchutada. Ninguém se importa que a capa do disco pareça um plágio de uma antiga capa dos Commodores. O que todos se importam é que o disco veio com uma força que ninguém mais imaginava que a banda possuía. O que importa é que Eddie Van Halen está tocando absurdamente bem. O que importa é que o Van Halen está de volta, em turnê, com um disco fantástico. Que comecem as preces para que o Van Halen venha ao Brasil!!

Relação das músicas do álbum:
1 - "Tattoo"
2 - "She's the Woman"
3 - "You and Your Blues"
4 - "China Town"
5 - "Blood and Fire"
6 - "Bullethead"
7 - "As Is"
8 - "Honeybabysweetiedoll"
9 - "The Trouble with Never"
10 - "Outta Space"
11 - "Stay Frosty"
12 - "Big River"
13 - "Beats Workin'"

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Alguns vídeos de músicas do novo disco:

"Tattoo" - video clip:

Assistir vídeo no YouTube

"China Town", ao vivo em Los Angeles:

Assistir vídeo no YouTube

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"The Downtown Sessions", DVD incluído na versão deluxe do novo disco (muito legal - contém "Panama", "You And Your Blues" e "Beautiful Girls", todas em versão acústica):

Assistir vídeo no YouTube

Uma última coisa: alguém fala pro Eddie Van Halen deixar o filho ter um visual condizente com uma banda de rock do naipe do Van Halen. Do jeito que está, não dá!!

Acompanhe o blog Ripando a História do Rock para mais matérias e resenhas de rock.

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Sobre João Paulo Linhares Gonçalves

Roqueiro convicto, de carteirinha, desde os treze anos de idade. Já tive diversas bandas preferidas: de Iron Maiden, Metallica e Black Sabbath a The Who, Pink Floyd e Rolling Stones. O heavy metal sempre me atraiu muito, mas o rock praticado nos anos 60 e 70 é fascinante e estou sempre escutando. De vez em quando, dou chance ao punk, rock alternativo, blues, até ao jazz e MPB, pra variar.
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