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Nightwish: Um dos melhores lançamentos do ano

Resenha - Imaginaerum - Nightwish

Por André Prado
Postado em 29 de dezembro de 2011

Nota: 10

Quando escutava Nightwish, estava no colegial ainda. Fui muitos daqueles que só conheceram a banda no seu sucesso estrondoso com o álbum "Once", e seu single máximo que "tocou até furar" nas rádios e de várias vezes na liderança dos "tops" da MTV, "Nemo". Ai passou o tempo e como nunca fui um poser que diz gostar da banda apenas por um single, procurei me aprofundar mais no som da banda. E de todos os álbuns que escutei, "Wishmaster" disparadamente foi o que mais me conquistou. Tarja Turunen além de belíssima, é uma grande vocalista, ela sempre deu uma personalidade única ao Nightwish, e essa ideia inclusive é que os fãs "haters" da (tão bela quanto) Annette Olzen defendem.

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Tese que defendia com afinco, não sem fundamento, pois achei o primeiro álbum com a Annette, "Dark Passion Play" um trabalho fraco. Então sem mais delongas, acabei indo nessa maré de "haters" da Annette. Mas com uma certa pena, já que a Annette reconhecidamente pra mim nunca foi uma má vocalista, apenas estava na banda errada e pra substituir uma vocalista inquestionável que era a Tarja. Então era natural que o "choque" inicial tenha sido tão grande.

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Então a medida que considerava o Nightwish "morto" naquele momento, dividindo sua carreira em eras: A.T, D.T (antes de Tarja, depois de Tarja), deixei de escuta-los. Mas o interessante é que esse "abandono" foi na mesma velocidade que a carreira inteira da banda "morreu" pra mim, e fui deixando de gostar do estilo do Nightwish e outras bandas similares. O vocal feminino depois de tantos anos deixou de me chamar atenção.

Crescemos e amadurecemos, e tal qual vamos selecionando de forma mais critica as coisas que nos agradam. O metal sinfônico/gótico deixou de fazer parte do meu gosto musical, como o power/melódico também deixaram. Entretanto o tempo passa, e mudamos nossas opiniões sobre certas coisas, tanto quanto somos "desmentidos" sobre certas outras, e reconquistado por outras. E o Nightwish se encaixa nessa definição.

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Se você for um apreciador de música acima de tudo, verá que a alma do Nightwish não era a Tarja, muito pelo contrário. Ela só dava as vocalizações, e a cara dela na banda era definida pelo seu carisma no palco além de sua voz, nada mais. O que logo dá pra entender que a banda não depende dela. "Imaginaerum" é uma mostra mais que excelente disso.

Primeiro de tudo "Imaginearum" é um álbum conceitual belíssimo, que conta a história de um velho artista que a beira da morte relembra sua vida. O líder da banda e tecladista Tuomas Holopainen declarou que a temática é inspirada em Tim Burton, Neil Gaiman (escritor inglês autor de Sandman e de dezenas de outras histórias em quadrinhos clássicas), e no pintor surrealista catalão Salvador Dalí. Além de ter explorado características do grande compositor de trilhas para o cinema Ennio Morricone e Hans Zimmer na parte instrumental do álbum, por exemplo. Que respeito não? E ao final da audição temos logo a sensação de faz jus toda essa grandiosidade dos nomes que inspiraram o álbum, aqui estamos em uma grandiosa trilha de filme.

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Não se deixe enganar pelo primeiro single da banda e segunda faixa do álbum "Storytime", pois os destaques aqui são vários.

Como a belíssima "Slow, Love, Slow" cantada também de forma belíssima por Annete Olzen e com seus toques de jazz (?), isso mesmo que você leu. A de riff pesadíssimo inicial, caindo para um folk metal (?) "I Want My Tears Back". A acelerada "Scaretale" que nos faz estar numa trilha sonora de um filme. A mais cadenciada "Rest Calm" que tem os vocais divididos entre Tuomas e Annette, uma tendência inclusive que é muito bem executada no álbum, algo que não soa forçado como muitas bandas que tem divididos seus vocais entre feminino e masculino. A "Song Of Myself" de seus longos 13 minutos de composição e produção de elogios, que poderia ser uma versão mais pesada de "Ghost Love Score" do álbum "Once" (na duração da faixa, deixo bem claro). E ah, não poderia deixar de citar a instrumental espetacular "Arabesque", me imaginei jogando "God Of War" e "Prince Of Persia".

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Sobre o vocal, claro que não cabem comparações aqui, a Annette é uma vocalista com um outro tom de voz e outro jeito de cantar. Mas que voz. Ao contrário do fraco "Dark Passion Play" que pareceu um álbum gravado as pressas num todo para apresenta-la ao público - o que com certeza causou a grande aversão entre os fãs. "Imaginearum" já mostra que é um álbum feito com todo cuidado e cala os defensores da Tarja, o Nightwish existe sim sem ela. Os quase dois anos de composição valeram totalmente a pena e temos um grande álbum nas mãos. É o que disse de amadurecer e parar de... "viadagem" de preferências pessoais em detrimento do som. Caso de tantas bandas por aí.

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Tuomas prova aqui que é o grande mentor da banda, sempre foi. Além dessa temática absurdamente bela de arranjos fantásticos, os riffs tocados por ele são pesadíssimos combinando com seu vocal (porque não?). Essa sim é a cara do Nightwish e é o que faz a banda diferente do resto do nicho sinfônico e gótico.

Não sou fã da banda como deixei claro no início da resenha, aliás nem gostava mais da banda. Na verdade a tratava com uma indiferença, já que deixei de apreciar o estilo como num todo. Mas não tem como não se ver conquistado por "Imaginearum". O álbum vem cheio de grandes composições e ideias que pegam o ouvinte de primeira, desprevenido, e que com certeza vai arrancar um sorriso do seu rosto também. Um dos melhores lançamentos do ano.

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