A música do Queen que Freddie Mercury considerava melhor do que "Bohemian Rhapsody"
Por Bruce William
Postado em 09 de abril de 2025
"Bohemian Rhapsody" é, para muitos, a maior música já feita pelo Queen. Lançada em 1975 no álbum "A Night at the Opera", se tornou o cartão de visitas da banda e acabou sendo o título do filme lançado em 2018 sobre a trajetória do grupo. A canção é uma das mais vendidas da história e virou sinônimo do estilo teatral e ousado de Freddie Mercury, autor da obra.
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Mas, curiosamente, o próprio Freddie não a via como seu ponto alto como compositor. Em um vídeo publicado pelo canal oficial do Queen no YouTube em 2021, dentro da série Queen The Greatest, ele afirmou: "'Bohemian Rhapsody' é um grande hit, mas no que diz respeito à minha habilidade como compositor, eu acho que posso fazer algo melhor."
Segundo Freddie, essa "coisa melhor" era "Somebody to Love", lançada um ano depois no álbum "A Day at the Races" (1976). "Isto sob minha perspectiva como compositor. Mas obviamente as pessoas pensam em termos de hits. E 'Somebody To Love' não é tão boa pois não foi um sucesso tão grande", disse, se referindo ao fato de a faixa ter alcançado o segundo lugar nas paradas, enquanto "Bohemian Rhapsody' chegou ao topo.

Peter Hince, antigo roadie da banda, também confirmou esse sentimento. Em entrevista resgatada pela Far Out, ele contou: "Freddie realmente dizia que 'Somebody To Love' era uma composição melhor que 'Bohemian Rhapsody'. Ele sentia que, como peça de composição pura, era superior."
O contraste entre as duas canções talvez revele mais sobre o próprio Freddie do que se imagina. Enquanto "Bohemian Rhapsody" é um épico cheio de viradas, influências operísticas e ousadia estrutural, "Somebody to Love" é mais direta, emocional e com um lirismo acessível. Para ele, expressar algo que tocasse mais gente talvez fosse um feito mais nobre do que apenas impressionar pelo inusitado.

No fim das contas, Freddie parecia valorizar menos o impacto teatral e mais a conexão verdadeira. E essa preferência diz muito sobre o artista, e ainda mais sobre o ser humano.
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