Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal
Resenha - Rust In Peace - Megadeth
Por Mateus Ribeiro
Postado em 11 de março de 2020
Não há dúvidas que o Megadeth é uma das maiores e mais influentes bandas da história do heavy metal. Também não é segredo para ninguém que muito da trajetória de sucesso do grupo capitaneado por Dave Mustaine passa por um álbum: "Rust In Peace", lançado em 24 de setembro de 1990.
O quarto disco de estúdio do Megadeth é o ápice da evolução musical que a banda começou a demonstrar a partir do segundo lançamento, o fantástico "Peace Sells... But Who´s Buying?" (1986). Foi em "Rust In Peace" que todo o potencial de Dave Mustaine e sua turma foi mostrado ao mundo. É importante frisar que o patamar de qualidade da banda subiu muito com a entrada de Marty Friedman como guitarrista e Nick Menza como baterista, que ao lado do baixista David Ellefson completam a formação clássica do Megadeth, responsável pelos maiores clássicos escritos pelo grupo.
É claro, óbvio e evidente, que qualquer nota um pouco mais detalhada sobre "Rust In Peace" não poderia deixar de começar sem falar de duas das melhores músicas do Megadeth, que por sinal, também formam uma das dobradinhas mais lembradas do heavy metal: "Holy Wars... The Punishment Due" e "Hangar 18".
A primeira música do disco é até hoje a música mais conhecida da banda, com toda a razão. O riff matador, a velocidade das guitarras e da bateria, o baixo marcante e a voz de Dave Mustaine, mais "patônica" do que nunca, marcam presença em uma música que até hoje é um dos maiores hinos do thrash metal. Destaque especial para a letra, que fala sobre os malditos e intermináveis conflitos religiosos, que continuam sendo um problema gigantesco e parece não ter fim.
"Hangar 18" mantém o alto nível, mas a letra fala sobre ufologia, tema que o saudoso Nick Menza admirava demais. Ah, e se você gosta de guitarra, vai delirar com os ONZE solos que aparecem durante a música (pode contar).
A sequência de "Rust In Peace" mescla rapidez e muita técnica, como pode ser conferido na as aceleradíssimas "Take No Prisoners" e "Poison Was The Cure" (terceira e quinta faixas, respectivamente). No meio das duas, a maravilhosa "Five Magics", que talvez seja a música mais intrincada e complexa do Megadeth, com um final apoteótico.
A segunda metade do disco começa com "Lucretia", música com um clima um pouco mais leve, que vai crescendo, até chegar em um solo contagiante. Falando em solo, a faixa seguinte, "Tornado Of Souls" tem um inesquecível, considerado por muitos (inclusive por este que vos escreve) como a maior contribuição de Marty Friedman ao Megadeth.
Após a curta "vinheta" de "Dawn Patrol" (o único momento fraco do disco), a violenta "Rust In Peace... Polaris" fecha o disco com maestria e muito peso.
Apesar de ter sido lançado há (quase) trinta anos, "Rust In Peace" continua sendo uma referência enorme para bandas de heavy e thrash metal. Mesmo tento lançado outros discos maravilhosos, como "Youthanasia" ou "Countdown To Extinction", apenas "Rust In Peace" se encaixa na categoria "unanimidade do metal". Afinal de contas, quem não gosta de "Rust In Peace", ou é surdo ou tem mau gosto.
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