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Shadowside: Metal agressivo, pesado e com vocais femininos

Resenha - Inner Monster Out - Shadowside

Por Ricardo Seelig
Fonte: Collector's Room
Postado em 09 de setembro de 2011

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

O principal mérito do Shadowside em "Inner Monster Out" é conseguir equilibrar uma sonoridade extremamente moderna sem abrir mão das principais características do heavy metal – o peso, as melodias e os refrões empolgantes. Dessa maneira, seu novo disco alcança a raríssima proeza de agradar, literalmente, gregos e troianos.

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Os fãs mais tradicionais irão cair de amores pelas guitarras que despejam peso, pelos vocais agressivos de Dani Nolden e pela cozinha afiadíssima. Já quem curte o lado mais moderno e atual do estilo irá curtir os sutis efeitos adicionados às músicas, o timbre e os riffs extremamente atuais e a grande habilidade com que a banda transita pelos diversos caminhos do heavy metal, inserindo elementos dos mais variados estilos da música pesada em sua música.

Há algo raro em "Inner Monster Out", e é justamente essa dicotomia amigável entre lados tão opostos. Parte desse mérito deve-se à produção de Fredrik Nordstrom (produtor de nomes como Evergrey, Arch Enemy e Dimmu Borgir, e também guitarrista do Dream Evil), mas a banda é a principal responsável pelo ótimo resultado final. As guitarras de Raphael Mattos, por exemplo, vão do thrash ao new metal sem maiores cerimônias, derramando riffs pesadíssimos e solos banhados em melodia. O baixista Ricardo Piccoli e o baterista Fabio Buitvidas formam uma dupla entrosadíssima, responsável por fazer a música do Shadowside pulsar como um terremoto avassalador.

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Mas o maior destaque, como não poderia deixar de ser, é Dani Nolden. O ponto principal da vocalista não é apenas cantar bem, mas sim construir linhas vocais que conduzem as composições por dinâmicas variadas, sempre surpreendendo o ouvinte. Ainda que em alguns momentos tenha-se a impressão de que o volume do vocal ficou muito acima dos outros instrumentos, isso não depõe em nada em relação ao resultado final.

Não há um estilo predominante em "Inner Monster Out". A banda não soa mais power metal, o que temos aqui é outra coisa. Há uma clara influência da sonoridade sueca, principalmente de nomes como Soilwork, o que dá uma agressividade muito bem-vinda ao som do grupo.

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Entre as faixas, destaque para "Gag Order", "Angel with Horns" (grudenta como um bom heavy metal deve ser), "Habitchual" e "In the Name of Love", além da espetacular faixa-título, com as participações especiais de Björn Strid (Soilwork), Mikael Stanne (Dark Tranquillity) e Niklas Isfeldt (Dream Evil).

Com "Inner Monster Out" o Shadowside prova que é possível fazer heavy metal agressivo, repleto de peso e com vocais femininos, ao contrário do que milhares de bandas com vozes femininas chorosas e melosas tentam nos fazer acreditar.

"Inner Monster Out" marca um novo capítulo no heavy metal brasileiro. Com ele, o Shadowside assume o posto de um dos principais nomes do estilo em nosso país, e torna-se automaticamente referência em todo o planeta ao mostrar que é possível fazer o heavy metal soar atual e moderno sem perder as suas raízes. Além disso, o disco sinaliza uma mudança de comando na nossa politizada cena, dominada por bandas que sobrevivem muito mais do nome do que da qualidade de seus trabalhos atuais. "Inner Monster Out" é um chute na porta do cenário metal brasileiro, que em grande parte vive como se ainda estivesse preso aos anos oitenta e início da década de noventa. O Shadowside mostra o que anda acontecendo lá fora com o seu novo álbum, e puxa consigo uma parcela considerável de fãs que já não se contenta com fórmulas requentadas de nomes até então intocáveis.

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Um dos discos do ano, sem dúvida alguma!

Faixas:
Gag Order
Angel with Horns
Habitchual
In the Name of Love
Inner Monster Out
I'm Your Mind
My Disrupted Reality
A Smile Upon Death
Whatever Our Fortune
A.D.D.
Waste of Life

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Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room - www.collectorsroom.com.br - e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
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