Symfonia: Para quem é fã do Stratovarius e do Andre Matos
Resenha - In Paradisum - Symfonia
Por Carlos Lazzarotto
Postado em 15 de agosto de 2011
Nota: 9
Se você procura um trabalho cheio de inovações, este disco não é para você. Agora, se quer pegar um CD simples de ouvir, com todos os elementos básicos de um bom metal, com grandes músicos, este é o disco certo. Com o vocalista Andre Matos, Timo Tolki (ex-STRATOVARIUS) nas guitarras, Jari Kainulanen (ex-STRATOVARIUS, EVERGREY) no baixo, o baterista Uli Kusch (ex-MASTERPLAN, HELLOWEEN, GAMMA RAY) e o tecladista Mikko Härkin (ex-SONATA ARCTICA), o SYMFONIA fez, digamos, uma coletânea do que há de melhor em cada um dos músicos.
Todos aguardaram ansiosos por este disco que, se para alguns a falta de inovação e até de certa criatividade desagradou bastante, para outros, o trabalho foi de grande aceitação. Confesso que no primeiro momento achei um pouco estranho. Parecia que estava ouvindo o Stratovarius, mas cantado pelo Andre Matos. Uma junção que, após algumas ouvidas, percebi que deu certo.
O álbum começa sem uma tradicional música instrumental, indo direto para uma rápida. Coral, rapidez e refrão marcante, características básicas para a primeira música, fazem "Fields of Avalon" o cenário perfeito do que virá pela frente. Com a marcante "levada" da guitarra e o cravo muito usado nas canções do Stratovarius, o disco prossegue com a excelente "Come by the Hills", que para mim é a melhor música do álbum. Nela, André se entrega, cantando com pura energia e entusiasmo. O trecho em que ele canta emendado ao coral é perfeito e emocionante. "Santiago" é uma música bem rápida e que se encaixaria perfeitamente nos trabalhos atuais do Andre.
Então chega o momento da música mais lenta, "Alayna". Ótima canção, com a voz do Andreé um pouco diferente do habitual. Andre, como sempre, se encaixando perfeito neste estilo de melodia. Aproveitando, gostaria de registrar que o André é um dos melhores vocalistas para cantar este tipo de composição, vide "Innocence", "Lasting Child", "Fairy Tale", etc. Ele sempre transmite uma emoção como outros poucos cantores conseguem e, em quase todas, ele que é o autor.
Com uma introdução bem ao estilo Stratovarius, temos na seqüência a "Forevermore", seguida da "Pilgrim Road" que está mais no estilo dos álbuns do Andre Matos. O álbum inteiro parece uma alternância entre os estilos dos dois grupos e de seus respectivos músicos. Então, temos a faixa título "In Paradisum". Música longa, mas nem um pouco cansativa, com corais, crianças conversando, alternando entre partes lentas e rápidas, com Andre alcançando notas extremamente altas. "Rhapsody in Black" vem com uma levada inicial cantada bem interessante.
Então temos a "I Walk in Neon". O começo dessa música lembra (e muito) a "I Walk to My Own Song" do Stratovarius, e, coincidentemente, também o nome começa com I Walk. Apesar da grande semelhança e da presença marcante da guitarra do Timo, a música tem um ótimo refrão, cantado muito bem por Andre. Por fim, temos a "Don’t let me Go", uma balada, levada ao violão, que me agradou em alguns momentos, mas menos que outras baladas de fechamento de álbuns.
In Paradisum se mostra um ótimo disco para quem é fã do Stratovarius, do Andre Matos, que por sinal fez um excelente trabalho, e para quem não procura nenhuma ousadia musical. Boas canções, fáceis de ouvir, com ótimos refrãos que irão agradar os ouvidos de quem escutar este álbum.
Músicas:
1. Fields of Avalon
2. Come by the Hills
3. Santiago
4. Alayna
5. Forevermore
6. Pilgrim Road
7. In Paradisum
8. Rhapsody in Black
9. I Walk in Neon
10. Don’t let me Go
Outras resenhas de In Paradisum - Symfonia
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps