Avenged Sevenfold: composições diferentes, mas melhores
Resenha - Nightmare - Avenged Sevenfold
Por Ben AmiScopinho
Postado em 04 de novembro de 2010
Nota: 8
O Avenged Sevenfold se envolveu em um verdadeiro turbilhão nos últimos tempos... Os norte-americanos seguiam em uma promissora fase comercial, mas eis que em dezembro de 2009 o baterista James 'The Rev' Sullivan morre aos 28 anos, intoxicado por uma infeliz combinação de drogas. Em meio a isso, seu novo disco estava sendo concebido e contou com Mike Portnoy (Dream Theater) para gravar as partes de bateria – mas o inesperado foi o anúncio de que ele iria passar uns tempos no Avenged Sevenfold, inclusive 'tirando umas férias' de sua (talvez ex?) banda progressiva, o que repercutiu pessimamente entre os fãs do Dream Theater.
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De qualquer forma, "Nightmare" é um quinto álbum de estúdio que obviamente segue focado nos últimos acontecimentos e que, de uma forma ou outra, conferiu um tom mais sério e obscuro ao repertório. Musicalmente, o novo trabalho continua com a expansão sonora iniciada timidamente no excelente "City Of Evil" (05) e que, posteriormente, foi intensificada no auto-intitulado "Avenged Sevenfold" (07). Ou seja, a banda continua se afastando de suas raízes Metalcore – e 'afastando' não significa 'abolindo', que fique claro.
Assim, aquele Metalcore furioso e de tendências juvenis está se transformando em algo mais complexo ao mesclar sua faceta pesada e melódica a uma considerável gama de estilos, e some aí um fator emocional tão sincero que passa longe de soar apelativo. E, mesmo que algumas dessas aventuras sonoras transpareçam um evidente experimentalismo, como os pianos, assobios e cornetas em "Danger Line", tudo parece funcionar confortavelmente bem. Simplificando: as composições estão diferentes, mas geralmente melhores.
O disco possui canções tão distintas entre si, que, em um primeiro momento, poderá intrigar o ouvinte. Mas as audições vão se sucedendo umas às outras e invocando muitas emoções diferentes, desde os riffs pesados de "God Hates Us" (com o versátil M. Shadows voltando a gritar), até as belíssimas baladas "So Far Away" e "Tonight The World Dies", e o encerramento com "Save Me", cujos 11 minutos são recheados com várias mudanças de ritmos. E, pelo caminho, o Avenged Sevenfold mostra inspiração em composições que tendem ao mainstrean, mas longe de serem estéreis.
Dedicado à memória do falecido baterista – e o disco traz uma bonita foto neste sentido – o Avenged Sevenfold amadureceu a ponto de, talvez, atingir novos níveis de aceitação que não seja somente o público da nova geração. Comprovando a boa fase, "Nightmare" atingiu o top 5 das paradas do Reino Unido e o primeiro lugar nos Estados Unidos... É claro que, apesar de ser um bom disco, este resultado também fica atrelado à repercussão que a mídia fez acerca da morte prematura de The Rev, mas e daí? Ainda assim é um belo feito.
Contato:
http://www.avengedsevenfold.com
http://www.myspace.com/avengedsevenfold
Formação:
Matthew Charles Sanders (M. Shadows) - voz
Zachary James Baker (Zacky Vengeance) - guitarra
Brian Elwin Haner (Synyster Gates) - guitarra
Jonathan Lewis Seward (Johnny Christ) - baixo
Mike Portnoy - bateria
Avenged Sevenfold - Nightmare
(2010 / Warner Music - nacional)
01. Nightmare
02. Welcome To The Family
03. Danger Line
04. Buried Alive
05. Natural Born Killer
06. So Far Away
07. God Hates Us
08. Victim
09. Tonight The World Dies
10. Fiction
11. Save Me
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