RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Dorsal Atlântica abre campanha de financiamento para seu próximo disco, "Misere Nobilis"

5 discos lançados em 1985 que todo fã de heavy metal deveria ouvir ao menos uma vez na vida

A resposta de Dinho sobre possibilidade de Kiko Zambianchi ser efetivado no Capital Inicial

Uma crise no Itamaraty após romance que ligou duas bandas do rock nacional nos anos 1980

Por que Slash não conseguiu se conectar tanto com Michael Jackson, segundo o próprio

Como foi escolher substituto de Chester Bennington do Linkin Park, segundo Mike Shinoda

A importância de "Thriller" do Michael Jackson para cantor do Grave Digger

Por que Tony Iommi ficou "muito chateado" com "Seventh Star", segundo Glenn Hughes

A canção onde o Foo Fighters "surrupiou" um trecho de clássico do Rush

O clássico que Engenheiros do Hawaii gravou errado e ouviu do produtor: "Estamos F*!"

Vince Neil revela que sofreu um AVC em 2024, e precisou reaprender a andar; "95% recuperado"

Novo single do Limp Bizkit traz homenagem a Chester Bennington e referência a astro polêmico

Vocalista do Korn relembra por que começou a usar seu tradicional agasalho da Adidas

Sharon Osbourne se pronuncia e agradece apoio dos fãs de Ozzy Osbourne

Fabio Lione detona Joey DeMaio: "Fui constrangido a assinar o contrato no Rhapsody"


Stamp

Resenha - Nothing Is Easy: Live At The Isle of Wight 1970 - Jethro Tull

Por
Postado em 05 de junho de 2005

A ST2 deveria ganhar uma medalha de reconhecimento de utilidade pública por esse lançamento. Senão vejamos: Jethro Tull, um dos bastiões do rock progressivo mundial, tocando para uma platéia de incautos, cuja reação à sua magnitude deixa transparecer o abismo que separa a minha geração daquela que aconteceu nos fantásticos anos 70. Ali, naquela apresentação, ninguém poderia saber que o reluzente era ouro. "Nothing Is Easy: Live At The Isle Of Wight 1970" recaptura a magia de toda uma época para uma geração criada sem magia alguma. E como bem conjeturou meu camarada Maurício Gomes Ângelo em sua análise do álbum, talvez seja um dos melhores "ao vivo" da história do rock.

Jethro Tull - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

A ilha de Wight, no sul da Inglaterra, abrigou, de 1968 a 1970, um dos maiores festivais de sua época. O Jethro Tull, em incipiente carreira, tinha dois consistentes álbuns nas costas, "This Was" (1968) e "Stand Up" (1969), e divulgava seu recém-lançado terceiro e maravilhoso "Benefit", posto por muita gente em altar para adoração. Naquela época, o progressivo folk-celta-clássico-mágico que fez a fama do quinteto liderado pelo bardo Ian Anderson ainda estava delegado à posterioridade, sendo tão somente uma mistura explosiva de blues sujo com melodias épicas e alguma ligação com o meio erudito, como bem expressa o lindo arranjo para "Bourée", de Johann Sebastian Bach. A performance, como define um emocionado Ian Anderson no texto do encarte, é pura energia das imperfeições técnicas que o rock, suado, visceral, imoral e sacana, precisa ter. A noite de 30 de agosto de 1970 era a última daquela edição, e coube ao Jethro Tull a tarefa de fechar, junto a Jimi Hendrix (que faleceria no mês seguinte), um festival que contara com gente como Miles Davis, Who, Doors, Joni Mitchell, Hawkwind, Leonard Cohen, Gilberto Gil (!), Cactus, Free, Donovan, ELP e outros. O fardo era pesado, meu chapa. Só que o Jethro Tull não era (nem nunca foi) uma banda qualquer. Sob a tutela da flauta transversa de Anderson, mais expressiva e pesada que muita guitarra por aí, os ingleses só não foram mais incendiários do que Hendrix, já que o mesmo levaria a expressão literalmente e protagonizaria o clássico ritual de pôr em chamas a velha Strato.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

A performance é irrepreensível; a gravação, cristalina e sem maquiagem. Martin Barre é um guitarrista abençoado, dotado de um talento raro entre os guitarristas: saber tocar guitarra. Seus solos ensinam e emocionam. A musicalidade é pura e a orgia corre solta. Não há truques, pedais gigantes, fogos de artifício, ventiladores, duelos ensaiados. "Nothing Is Easy: Live At The Isle Of Wight 1970" é documento escarrado do encontro de cinco almas em torno de um propósito único. Ouça a versão para a linda "My God" e aprenda. A cozinha de Clive Bunker (baita baterista) e Glen Cornick, pilotando o baixo no limite dos graves e da farra, é daquela espécie extinta com o fim da década. O tecladista John Evan, perfeito, arrasa com Anderson em "With You There To Help Me", cujas melodias flutuantes dariam a tônica nos álbuns seguintes do Tull, todos clássicos ("Aqualung", "Thick As a Brick" e "A Passion Play" em seqüência? Que banda faz isso hoje?).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Emerson, Lake & Palmer, Jimi Hendrix e The Who já lançaram discos com suas respectivas apresentações na ilha. O disco do Jethro Tull é versão diferente para uma mesma história e deve ser degustado com sabedoria. O verdadeiro ouro reluz mesmo sem polimento.

1 - My Sunday Feeling
2 - My God
3 - With You There To Help Me
4 - To Cry You a Song
5 - Bourée
6 - Dharma For One
7 - Nothing Is Easy
8 - Medley: We Used To Know/For A Thousand Mothers

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


70000TonsOfMetal


publicidadeRogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Nelson Endebo

Estudante de Comunicação Social na Puc-Rio, cheirou dúzias de carreiras de Música e hoje é completamente debilitado por causa disso. Tem um corte no córtex por causa do Mr. Bungle, mas acredita que isso seja legal. Doutrinado no bom e velho Metal (ainda chora ouvindo o grande Venom), aprendeu a ouvir Jazz e Samba na marra. É responsável pela coluna Nós do Noise e colabora com o site Bacana e a revista Valhalla. Sua máxima é: "quanto mais você sabe, mais você sabe que pouco sabe". Traduzindo, gosta de aprender e de ensinar. Espera poder somar algo à família Whiplash a partir de 3, 2, 1 segundo!
Mais matérias de Nelson Endebo.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS