Resenha - Live At The CBGB - Superjoint Ritual
Por Nelson Endebo
Postado em 26 de maio de 2005
Phil Anselmo é uma personagem curiosíssima e controversa na história do Heavy Metal. Da época em que era o frontman do então gigantesco Pantera, Phil criou uma imagem de sujeito violento, sem limites e inconseqüente. Seus berros foram cruciais para a transformação (e, conseqüentemente, a popularização) do som do quarteto texano – quem não se lembra do hard rock farofíssimo do Pantera em início de carreira? – e suas atitudes poucos apreciáveis, como um touro desgovernado metralhando sem critério todo tipo de besteiras, que, inclusive, lhe renderam sérias acusações de racismo, o tornaram um ídolo para a então incipiente geração atitude norte-americana. Com o Pantera nos píncaros do sucesso, Phil começou a se envolver com a cena gore e black metal, gravando com gente do Necrophagia em projetos como o horroroso Viking Crown e fundando um selo especializado nos sons do capiroto, Baphomet Records.
Superjoint Ritual - Mais Novidades

Com a dissolução nada amigável do conjunto, no entanto, Anselmo voltou ao estado de underground vegetativo. O Superjoint Ritual (algo como "ritual do super baseado"), formado junto aos guitarristas Jimmy Bower (dos seminais Eyehategod e Crowbar) e Kevin Bond, o baixista Hank Williams III (parente de Hank Williams, lenda do country americano) e o baterista Joe Fazzio, foi a sua maior tacada para a retomar a trajetória perdida. O som da banda, um híbrido de várias tendências de chumbo grosso, como sludge, hardcore, grindcore e stoner, embalado pelas letras de um patriotismo estéril e boçal como o discurso de Phil Anselmo sempre fora, ganhou imenso destaque na mídia e logo conquistou bom séquito de fãs.
O DVD "Live At CBGB’s", gravado no lendário clube nova-iorquino, que abarcou patronos do punk como os Ramones e bandas bacanas como o Television, é o retrato do magnetismo ideológico que Anselmo carrega em si. O discurso é vacilante; homenagens à diamba e a Lúcifer só são legais se vindas da boca de um Nesta Marley ou de Cronos, do Venom. O que se tem é um ícone da acefalia vociferando para uma platéia cheia de vontade de arrebentar com tudo, pateticamente. Sua atitude é falar "fuck", "motherfucker" e similares, sufocando o raio de ação da própria banda, que, em todo caso, é só seu estepe. Em contrapartida, Anselmo é um ótimo vocalista para esse tipo de som, e a banda transmite adrenalina no talo, o que faz dos quarenta minutos da curta apresentação se desenrolem com facilidade. A edição é agilíssima e é de um esmero exemplar, provando que é possível fazer DVD’s de qualidade sem contar com mega estrutura. Já os extras são magros: dois videoclipes e uma entrevista com a banda, a qual explica todos os pontos a que essa resenha se refere com pesar.
O subtítulo do DVD, "mudando a face da música através de anti-imagem descompromissada", é uma jogada forte de marketing e não deve ser levado a sério. É o tipo de slogan que só pega junto à juventude norte-americana, cheia de vontade de lutar no Iraque e agradecida pela chance de permanecer em casa durante os combates. Para quem gostou dos dois álbuns do conjunto, "Use Once and Destroy" e "A Lethal Dose Of American Hatred", "Live At CBGB’s" é obrigatório. E tão somente para esses.
1- Antifaith
2- Fuck Your Enemy
3- The Introvert
4- Personal Insult
5- The Destruction Of a Person
6- Permanently
7- The Alcoholik
8- Waiting For The Turning Point
9- One Song/Ozena
10- Stealing A Page Or Two From Armed & Radical Pagans
Material Cedido por:
Century Media Records– http://www.centurymedia.com.br
Caixa Postal 1240 São Paulo SP 01059-970 BRASIL
Telefone: (0xx11) 3097-8117
Fax: (0xx11) 3816-1195
Email: [email protected]
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A canção do ZZ Top que, para Mark Knopfler, resume "o que importa" na música
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
O melhor disco do Kiss, de acordo com a Classic Rock
As 10 melhores músicas do Iron Maiden, de acordo com o Loudwire
As 15 bandas mais influentes do metal de todos os tempos, segundo o Metalverse
Site americano elege melhores guitarristas do metal progressivo de todos os tempos
Soulfly lança "Chama", seu novo - e aguardado - disco de estúdio
Rush confirma primeiros shows da turnê de reunião na América Latina
Após fim do Black Sabbath, Tony Iommi volta aos palcos e ganha homenagem de Brian May
O único frontman que Charlie Watts achava melhor que Mick Jagger
Dave Grohl elege o maior compositor de "nossa geração"; "ele foi abençoado com um dom"
A banda em que Iron Maiden se inspirou para figurino na época do "Piece of Mind"
O rockstar dos anos 1970 que voltará ao Brasil após 34 anos: "Show longo e pesado"
Rebaelliun organiza rifa para ajudar ex-vocalista Marcello Marzari, que passa por dificuldades
O pior disco do Queen, de acordo com a Classic Rock
Journey: o famoso erro geográfico em "Don't Stop Believin'"
A declaração sincera e corajosa de Jimmy Page e Robert Plant que Renato Russo elogiou

Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental



