Resenha - Azrael Block - Greg Rapaport
Por Thiago Sarkis
Postado em 14 de agosto de 2004
Nota: 6
O único sujeito que ainda não descobriu o talento de Greg Rapaport é ele mesmo! Suas idéias são ótimas, o potencial para o jazz rock é impressionante, os grooves muito bons, mas, em meio a tudo isso, está a necessidade do cara de "mostrar trabalho", e noutros momentos, soar acessível. Trocando em miúdos, ora ele dispara feito um Francesco Fareri, ora tenta se segurar em temas a’la Joe Satriani.
O fracasso de Rapaport reside no fato dele não possuir a técnica do italiano, tampouco o ‘cacoete’ do norte-americano para prosseguir em melodias pegajosas. No final das contas, ele ocupa a posição de um ‘perdido’, e não o grande músico que se revela em "Skitzophraniac" ou "Dinner And Dancing".
É complicado criticar um cara de qualidades tão evidentes, o qual tem os sintomas típicos de um início de carreira guiado pelo imperativo da mídia em ter que explodir rapidamente, ou então ficar esquecido para o resto de sua vida como músico.
Sem dúvida ele tem pontos a garimpar tecnicamente e nos arranjos. Todavia, caso conseguisse se desviar desta ‘ordem’ patética que às vezes impomos, Greg teria muito mais sucesso na estruturação e desenvolvimento de suas composições, e nós teríamos um guitarrista pronto para quebrar algumas barreiras e ensinar uma escola não convencional. Interessantíssimo, pena que guiado por um pensamento que certamente não vem propriamente dele.
Material cedido por:
Greg Rapaport / Splinterhead Productions Inc.
http://www.splinterhead.com
Email: [email protected]
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