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Resenha - Dark Side Of The Moon - Pink FLoyd

Por Daniel Mendonça
Postado em 18 de abril de 2003

Um grande espetáculo nos céus. Cores e luzes que olhos sóbrios não conseguem enxergar. Vozes que a audição ainda não aprendeu a ouvir. O lado escuro da lua, onde, até hoje, só a insanidade conseguiu alcançar. A voz desesperada que ecoa nos céus e que se faz ouvir sempre que o chamado da loucura nos abre os ouvidos. Uma viagem sem volta para um mundo onde moram todas as nossas angústias.

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É dentro deste cenário psicótico-surreal que quatro rapazes ingleses, entre meados de 72 e 73, criaram a obra fundamental do rock, "dark side of the moon". E numa projeção bastante otimista, dificilmente, nos próximos 150 anos, aparecerá algo comparável ao que Roger Waters, David Gilmour, Richard Wright e Nick Mason gravaram há três décadas.

A qualidade da produção (que, mesmo com toda a tecnologia atual é difícil de ser igualada), a beleza dos timbres e arranjos, o lirismo provocador de Roger Waters, a sobreposição de efeitos nas músicas, não são o que mais impressionam na obra-prima do Pink Floyd. O grande diferencial é a unidade perfeita, a relação que os temas tem uns aos outros. É como se fosse uma só canção dividida em 9 partes e que representam um ciclo, que pode ser o ciclo da existência humana (o disco começa e termina com sons de batimentos cardíacos). Quando o disco começa vão aparecendo os temas que certamente habitam nosso imaginário durante a vida.

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"Breathe" representa a passagem para o estado de consciência ("olhe em volta e encontre o seu espaço"), um mundo novo que se abre em nossa frente. "Time", um dos grandes clássicos aqui contidos, trata do tempo ora sob uma visão anarquista de, por exemplo, David Henry Thoureau ora sob as efígies do carpe diem: "cada ano se torna mais curto / sem nunca parecer encontrar o tempo / planos que ou não chegam a nada / ou viram uma meia-página de linhas rabiscadas".

"The Great Gig In The Sky", uma das poucas músicas de Wright na banda, é sem dúvida, o momento mais intenso. Em apenas 4 minutos, a voz da cantora Clare Torry, sem cantar palavras, mas sons, leva o ouvinte a uma atmosfera inimaginável onde a beleza, a loucura, a ternura e o desespero, caminham lado a lado numa viagem única e dilacerante ao lugar mais profundo de nossas almas.

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Em "Money", Waters cria a mais sarcástica letra sobre ambição e dinheiro jamais feita ("Dinheiro, é um crime/ divida-o igualmente, mas não tire um pedaço da minha torta"). E logo depois, um dos momentos mais belos do álbum: "Us and them", uma singela composição sobre solidão, isolamento e as diferenças entre pessoas. Tudo que pode resultar em cegas batalhas.Waters comparece com versos de rara inspiração ("Nós e eles / e acima de tudo / somos apenas homens ordinários / Eu e você / apenas Deus sabe / que não é o que escolheríamos fazer") para outra contribuição musical de Wright.

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Os versos caóticos de "Brain Damage / Eclipse" completam a viagem aos nossos "cérebros danificados". A letra parte para o apocalipse que inicia um novo ciclo, onde a insanidade é a única saída para nossas desilusões ("você tranca a porta / e joga a chave fora / existe alguém dentro da minha mente / e não sou eu (...) E se a nuvem explode / como um furacão em seus ouvidos / você grita e ninguém parece ouvir"), e finaliza, brilhantemente, "tudo debaixo do sol está em sintonia / porém, o sol está sob a eclipse da lua".

Passaram-se dez, vinte, trinta anos e "Dark Side Of The Moon" continua arrebatando admiradores ao redor do mundo. Ele, que ficou 14 anos (!!!) nas paradas da billboard e ainda vende às centenas de milhares todos os anos, dificilmente (para nossa sorte) saíra de catálogo. E, de fato, depois de fevereiro de 1973, o mundo da música nunca mais voltaria a ser o mesmo...

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