Jimmy Page: pediam "toca Raul" ao desleixado Jimmy Lama, morando na Bahia
Por Igor Miranda
Postado em 27 de novembro de 2020
Para os fãs de Led Zeppelin de todo o mundo, o guitarrista James Patrick Page é conhecido como Jimmy Page. No círculo interno de amigos do músico em Lençóis, cidade no interior da Bahia, o britânico era conhecido como "Jimmy Lama".
A razão para o apelido? "Ele andava mal vestido, com camiseta rasgada, chinelo e tudo o mais", revelou entrevista ao site Igor Miranda o jornalista Leandro Souto Maior, autor do livro "Jimmy Page no Brasil" (Garota FM Books), que aborda a trajetória de Jimmy Page nos anos em que morou no Brasil.
A obra estará, até o dia 30 de novembro, em processo de financiamento coletivo no site Catarse, com benefícios aos apoiadores. A partir de dezembro, entrará em produção na gráfica e em pré-venda ao público, com detalhes a serem anunciados pela editora nas redes sociais.
Em suas 280 páginas, repletas de fotos, "Jimmy Page no Brasil" conta a história dos anos em que o guitarrista do Led Zeppelin residiu no Brasil, casando-se com Jimena Gómez, americana radicada no Brasil, e envolvendo-se em projetos beneficentes, como a criação da Casa Jimmy. Há, ainda, diversas histórias inusitadas - como a de quando "Jimmy Lama" foi alvo dos intragáveis pedidos de "toca Raul".
Conforme relembra Leandro Souto Maior, Jimmy Page saía de sua casa em Lençóis segurando um violão apenas procurando com quem fazer um som junto. "Chegava nas rodinhas da galera hippie, ou melhor, da galera roots local querendo tocar, até pedindo o violão", relatou.
O autor compartilhou, ainda, uma história curiosa envolvendo a obra de Raul Seixas, com direito ao clássico "toca Raul". Sim, pediram para Jimmy Page tocar alguma música do Maluco Beleza.
"Há relatos de uma ocasião em que o pessoal, meio mala e meio ‘biritado’, pedia: ‘toca Raul, toca Raul’. Ele não entendia o que era e não tocava. Para não desagradar, puxava algumas do Led. Porém, talvez por já estar meio ‘mamado’ e fora de forma também, não tocava bem aquelas músicas, segundo os relatos da galera. Quando ele virou as costas, uma das pessoas da roda soltou: ‘pô, que mala, o cara não conhece Raul Seixas e toca Led Zeppelin mal para caramba’. Tudo isso sem reconhecer que era o Page, pois ele realmente estava diferente. Era possível não o reconhecer", contou.
Apesar disso, Jimmy adorava o Brasil, especialmente as cidades baianas de Lençóis, onde teve três casas e morou com Jimena Gómez, e a capital Salvador. O músico não queria ser reconhecido em território brasileiro.
"Há vários relatos de que ele não era reconhecido em Salvador como seria no Rio ou em São Paulo. Era disso que ele gostava na Bahia. Ele se sentia muito à vontade em sair nas ruas de Salvador, até para comprar um cigarro na esquina. Acho que ele conseguiu ficar anônimo por um bom tempo", afirmou o autor.
A entrevista com Leandro Souto Maior, com outras curiosidades que estão presentes no livro "Jimmy Page no Brasil", podem ser conferidas no site Igor Miranda.
https://igormiranda.com.br/2020/11/jimmy-page-brasil
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