King Crimson
Postado em 06 de abril de 2006
Por Rafael de Oliveira Domingues
Em meio a centenas de bandas que infestam o cenário musical, nenhuma foi tão injustiçada como o King Crimson. Considerada a inventora do Rock Progressivo, o sucesso veio cedo demais para a banda, com o disco de estréia, In The Court Of The Crimson King.
A banda nasceu como um trio chamado Giles, Giles & Fripp. Sem muito sucesso, um dos irmão Giles saiu, e na época do lançamento do primeiro disco (1969) a banda era formada por: Robert Fripp (guitarra), Ian McDonald (teclados), Greg Lake (baixo e vocal), Michael Giles (bateria) e Peter Sinfield (letras).Abrindo um show para os Rolling Stones, em frente a centenas de milhares de pessoas, o grupo logo ficou muito famoso e "In The Court Of The Crimson King" foi um estrondoso sucesso (impulsionado pela música "21st Century Schizoid Man").
As maravilhosas melodias e o virtuosismo dos músicos logo cativaram os fãs. Mas a banda não se deixava abalar pela fama, e cada vez mais suas músicas tornavam-se experimentais e complexas. Greg Lake, que já demonstrava interesse em gravar com Keith Emerson e Carl Palmer (formando o ELP em 1970), participou do segundo disco, In The Wake Of Poseidon, apenas por razões contratuais e logo saiu.
Começou então uma série de mudanças, comandadas por Robert Fripp (o único que não saiu da banda em todos esses anos), na formação do King Crimson. Diversos músicos passaram pela banda nos dois discos seguintes (Islands e Lizard), incluindo famosos como Jon Anderson do YES (ele canta em "Prince Rupert Awakes", de Lizard) e Mel Collins. Infelizmente, a legião de fãs cada vez mais diminuía, já que Robert Fripp recusava-se a ceder ao comercialismo das rádios.
A sorte começou a mudar na 2ª formação fixa da banda, que estreou em 1973. Ela consistia em: Robert Fripp (guitarra), John Wetton (baixo e vocal), Bill Bruford (bateria) e David Cross (teclados e violino). Dando mais do que nunca atenção às partes instrumentais, a banda logo cativou muitos novos fãs e gravou 3 discos em estúdio: Lark’s Tongues In Aspic, Starless And Bible Back e Red. Essa formação revelaria John Wetton para o público (notório por participar de bandas como UK e ASIA) e consolidaria a fama de Bill Bruford (consagrado por seu trabalho no YES).
Para a surpresa de todos, Robert Fripp anuncia a dissolução da banda, em 74, no auge do sucesso. Fripp inicia então uma carreira solo, trabalhando muitas vezes ao lado de ícones da música mundial, como Brian Eno (ex-ROXY MUSIC) e Peter Gabriel (ex-GENESIS). Lançando álbuns irretocáveis como Exposure, Fripp adquire um bom reconhecimento por parte dos críticos e, em 1981, resolve voltar com o King Crimson.
A 3ª encarnação foi: o já citado Robert Fripp, Adrian Belew (guitarra e vocal), Tony Levin (baixo) e a volta de Bill Bruford (bateria). Com os discos Discipline, Beat e Three Of A Perfect Pair, King Crimson adquire muita fama no Japão, por onde excursionaria exaustivamente. Nas outras partes do mundo, continuaria com certa fama, mas não a merecida. Em 84, os músicos resolvem descansar e a banda só voltaria das "férias" em 1994, com o álbum Thrak.
O grupo que gravou este disco era o mesmo dos anos 80, com a adição de um percussionista (Pat Mastelloto) e um outro baixista (Trey Gunn). Após a turnê de promoção de "Thrak", Fripp dividiu o grupo em ProjeKCts (pequenas bandas com no máximo 3 integrantes – selecionados dentro do King Crimson – que excursionam tocando músicas improvisadas).
Robert Fripp promete para 2000 o lançamento de um novo disco do King Crimson. Esperamos que a banda, que nunca tocou em solo brasileiro, resolva visitar nosso país, e receba a tão merecida consagração.
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