O pior álbum do Van Halen segundo Sammy Hagar: "Zero inspiração e zero criatividade"
Por André Garcia
Postado em 02 de abril de 2024
Em 24 de janeiro de 1995 o Van Halen lançou seu décimo álbum de estúdio (quarto com Sammy Hagar), o "Balance". Apesar de hits como a irresistivelmente radiofônica "I Can't Stop Loving You", como todo o trabalho foi considerado pouco inspirado. Além do desgaste criativo, ficava claro que internamente as coisas não iam bem.
Questões empresariais e problemas de relacionamento com Eddie Van Halen levaram a um racha com Hagar. Racha esse que no ano seguinte levou a uma demissão após ele se recusar retornar para trabalhar em uma faixa inédita para uma coletânea, defendendo que o movimento correto seria lançar um disco novo.
Depois daquilo, de álbum de estúdio, o Van Halen lançou apenas "Van Halen III" (1998), com Gary Cherone do Extreme no vocal, e "A Different Kind of Truth" (2012). Este segundo teve sete de suas 13 faixas feitas com base em demos dos anos 70 e começo da década seguinte — o que soou para alguns como falta de criatividade.
Na época, Sammy Hagar andava envolvido com o supergrupo Chickenfoot, onde ele e o também ex-Van Halen Michael Anthony se juntaram a Joe Satriani e Chad Smith do Red Hot Chili Peppers. Seus dois únicos álbuns foram lançados em 2009 e 2011, respectivamente. Em entrevista de 2012, pouco após o lançamento de "A Different Kind of Truth", conforme publicado pela Loudwire, Hagar detonou aquele disco como o pior do Van Halen:
"Eles não lançam um álbum desde o meu último álbum, em algo como 1991 ou 92 [desde 'Van Halen III' de 1998, na verdade], desde então eles só voltam atrás. Para mim, isso passa uma mensagem estranha, isso meio que diz 'Não temos nada, não somos mais uma banda, não somos criativos'."
"Para mim ['A Different Kind of Truth'] é zero inspiração e a zero criatividade — se tivesse alguma, eles teriam escrito novas músicas. O que a banda faz? Quando o Chickenfoot se reuniu para o primeiro álbum, éramos quatro caras novos, nos reunimos e escrevemos dez, doze músicas e fizemos um álbum. Quando decidimos fazer nosso segundo álbum, a gente não andou para trás para pegar as duas músicas que sobraram do primeiro álbum: a gente escreveu músicas novas!"
A seguir, Hagar respondeu às inevitáveis comparações entre Chickenfoot e o então atual Van Halen — e também entre Joe Satriani e o atual Eddie Van Halen:
"Para mim é uma piada. Claro que adoro a comparação, desde que seja justa. Não é porque você é um grande fã de Eddie Van Halen e considera ele Deus que você tem que achar que ele é melhor que Joe [Satriani]. Você tem que ser bipartidário e simplesmente ouvir e assistir aos dois tocarem. Olha só, eu já toquei com os dois e posso dizer agora mesmo: hoje não há comparação. Não importa o inovador que o Eddie já foi, estou falando do que eles conseguem tocar hoje."
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