Clutch fez em São Paulo um dos melhores shows do ano
Resenha - Clutch (Fabrique, São Paulo, 18/07/2024)
Por Diego Camara
Postado em 25 de julho de 2024
Pairavam grandes dúvidas sobre a apresentação do Clutch. Depois de 10 anos, seguido por cancelamentos graças a pandemia de covid-19, o show estava cercado de dúvidas a respeito do setlist que seria apresentado no Brasil: as apresentações recentes do Clutch, focadas em músicas novas e em um show com várias músicas lado B, não era sem dúvidas o que o público brasileiro esperava. Confira os principais detalhes do show, com as fotos de Fernando Yokota.
A banda de abertura do show foi a Fuzz Sagrado. A banda brasileira-alemã é nova na cena, mas conta com uma figura antiga: o guitarrista e vocalista Chris Peters, a mente por trás do Samsara Blues Experiment. A banda traz um estilo de música bastante sólido, baseado na força instrumental e na música psicodélica, fortalecida pelo estilo excêntrico de Peters e a ótima cozinha formada por Bordin e Fursy. A apresentação foi ótima e sem dúvidas será uma banda que tem muito a entregar.

O Clutch foi subir ao palco às 21h30m em ponto, para um público atacado pelo frio que fazia dentro da Fabrique Club. Não demorou muito, porém, para o Clutch tacar fogo na casa. "The Mob Goes Wild" foi a seleção perfeita para abrir o show, puxada pelo ritmo forte das guitarras de Tim Sult. O público ficou louco e cantou desde o início da música, puxando com vontade o refrão. O público encheu a casa, um ótimo público para uma quinta-feira.

A excelente performance era coroada pelo nível de qualidade do som da Fabrique: tudo estava soando perfeito, com todos os instrumentos brilhando e sendo bem coroados pelos vocais de Neil Fallon. A grande performance de Fallon veio também com sua presença de palco elétrica, que corria de um lado para o outro do palco fazendo todos os fãs malucos. O público aplaudiu bastante "Earth Rocker" e bateu cabeça com a ótima "A Shogun Named Marcus".

O setlist foi se desenhando totalmente diferente das apresentações anteriores do Clutch, que fez diversos shows nos Estados Unidos em maio com uma série de músicas alternativas e do último disco, "Sunrise on Slaughter Beach". A sequência em São Paulo foi focada nos clássicos "Blast Tyrant" e "Psychich Warfare", que tomaram boa parte da lista. "Sucker for the Witch" veio primeiro, sendo seguida por "Cypress Grove" e "Subtle Hustle", esta muito forte no ritmo da música, fazendo o público pular e cantar junto.

O público também se animou muito com músicas ainda mais antigas. A sequência com "Escape From the Prison Planet" e "Spacegrass" foi outro momento mágico do show. O público se animou demais, puxando novamente os vocais com vontade junto de Fallon e interagindo bastante com o vocalista. A puxada de introdução no baixo de Dan Maines com "Spacegrass" foi outra demonstração de força da casa: o som limpo da Fabrique foi um dos melhores vistos na casa.

"A Quick Death in Texas" veio com o estilo dos óculos de Fallon e sua participação nas guitarras. Uma das melhores da noite, ela foi puxada por um vocal impecável e guitarras limpíssimas. O som perfeito deixou o público aceso, que cantou junto durante toda a música. "X-Ray Visions" veio logo em seguida: a pancada musical das guitarras, com as paradas estratégicas da música e a apresentação divertida da banda com seus signos foi também grande destaque.

Fechando o show, "The Regulator" veio logo após duas músicas do novo disco, muito bem recebidas pelo público. Outro dos sucessos da banda, aqui novamente a apresentação brilhou muito, com o público digladiando nos vocais com Fallon. A banda saiu do palco rapidamente no final da música, e as dúvidas da apresentação tinham acabado: o sucesso já estava totalmente garantido.

Na volta, a banda já encaixou "Electric Worry". O refrão encanta, e o som perfeito das guitarras com o silencio de uma parte razoável do público criou um clima impressionante, com direito ao silêncio ser quebrado pelas palmas no meio da música. "Vocês são fantásticos!", disse Fallon, batendo no peito, extremamente contente e emocionado com a recepção dos fãs.

Quando ninguém mais esperava nada, a banda ainda sacou seu cover de "Fortunate Son", do Creedence Clearwater Revival, uma belíssima música para fechar uma apresentação de ouro, uma das melhores do ano que mostra a grandeza que vai se tornando a Fabrique, com uma estrutura de excelência para os shows de heavy metal, garantidos mais uma vez pelo trabalho magnífico que a Powerline faz em cada show que traz ao Brasil.

Setlist:
Intro: We Need Some Money (música de Chuck Brown & The Soul Searchers)
The Mob Goes Wild
Earth Rocker
A Shogun Named Marcus
Sucker for the Witch
Cypress Grove
Subtle Hustle
D.C. Sound Attack!
Escape From the Prison Planet
Spacegrass
Binge and Purge
A Quick Death in Texas
X-Ray Visions
Firebirds!
Slaughter Beach
We Strive for Excellence
The Regulator
Bis
Electric Worry
Fortunate Son (Creedence Clearwater Revival cover)
Clutch



















Fuzz Sagrado









Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Robert Plant tem show anunciado no Brasil para 2026
Hellfest terá 183 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
Duff McKagan elege as músicas do Guns N' Roses que mais gosta de tocar ao vivo
O guitarrista que, segundo Slash, "ninguém mais chegou perto de igualar"
O disco que une David Gilmour e Steve Vai na admiração pela genialidade de seu autor
Richie Faulkner recusou 16 tentativas de contato do Judas Priest
Rob Halford fala sobre a importância de estar há quase quatro décadas sóbrio
Angra posta mensagem enigmática no Instagram; "Foi bom enquanto durou"
Para alguns, ver o AC/DC é um sonho. E sonhos não têm preço
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
Odeia Van Halen? Guitarrista recusou convite de David Lee Roth e Sammy Hagar
A sincera opinião de Bon Jovi sobre a turnê de reunião do Oasis
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
Dee Snider não sabe se está sendo "corajoso ou estúpido" ao reunir o Twisted Sister
O "vacilo" que levou Nicko McBrain a achar que fosse passar no RH do Iron Maiden

Exodus - sempre uma das melhores experiências do ano
Behemoth e Deicide - um espetáculo inigualável do metal extremo
Anette Olzon apresentou no Brasil músicas dos álbuns "Dark Passion Play" e "Imaginaerum"
Imminence - público apaixonado enche a casa numa quinta-feira
Rock, Memória e Emoção - Nenhum de Nós Encanta Jumirim/SP
Em 16/01/1993: o Nirvana fazia um show catastrófico no Brasil
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!


