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Belphegor e Nargaroth: peso e escuridão na Terra da Luz

Resenha - Belphegor e Nargaroth (Boca Rica, Fortaleza, 03/03/2018)

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 11 de março de 2018

O sábado 3 de março marcou mais um encontro de Fortaleza com a entidade BELPHEGOR. A banda liderada por Helmuth Lehner visitou a Terra da Luz mais uma vez trazendo novamente o seu mar de escuridão. Numa produção da Dark Dimensions, com apoio local da Gallery Productions, a austríaca BELPHEGOR e a alemã NARGAROTH apresentaram-se no Teatro Boca Rica, na Praia de Iracema. Além de Fortaleza, ambas as bandas europeias já haviam se apresentado em Recife e ainda iriam se apresentar em São Paulo, no Extreme Hate Festival. Confira como foram os shows.

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Fotos: Gandhi Guimarães

NARGAROTH

Pontualmente às 8:30, a NARGAROTH foi a primeira banda a subir no palco. E quase como os Nameless Ghouls, do GHOST, é praticamente impossível encontrar qualquer informação sobre os três músicos que acompanham René "Ash" Wagner. Não que eles usem máscaras (limitam-se ao convencional corpse paint, característico do Black Metal), mas porque Ash toma a banda para si praticamente como se fosse mesmo o único a levantar a sua bandeira e há quase nenhuma informação sobre quem sejam. Beliath, que também toca em uma banda chamada MOR DAGOR, é um dos guitarristas, com certeza, mas é complicado dizer com absoluta segurança se o baterista era Simon "BloodHammer" Schilling ou Felix "Lykanthrop". E na outra guitarra (não havia um baixista), se era Saroth (mais provável) ou Frederik Asmus também da MOR DAGOR. Mas isso não importa. O que importa é que o trio de músicos convidados executou com perfeição as melodias macabras nascidas na mente de Ash.

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O show do Rato do Submundo começou com duas canções do excelente "Era of Threnody", lançado no ano passado. As duas canções, "The Agony of a Dying Phoenix" e "Whither Goest Thou" são longas, viajantes (se é que se pode dizer isso de um Black Metal), praticamente pinkfloydescas embora extremas. E ainda que o trio que acompanhe ASH (e o próprio ASH) não se dêem muito a interações com o público neste início de show, o guitarrista Beliath puxa o coro de hey, hey, hey em "Whiter Goest Thou". O público acompanha, enquanto Wagner, com crucifixo invertido pendendo do cinto, fica muitas vezes de braços abertos em posição de cruz durante as longas partes instrumentais. Os coros e teclados são todos samplers. A produção é praticamente um quarto instrumentista. Isso fica bem aparente nas canções mais novas, mas continua quando começam as velharias. Desnecessário dizer que o público pirou quando começaram sucessos como "Hunting Season".

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Já passava mais da metade do show quando Wagner resolveu interagir um pouco com o público. Falou que estava quente ("estou derretendo os pedaços") e perguntou o que queriam ouvir. Alguma outra canção de amor que vocês queiram ouvir?- brincou. O povo dividiu-se entre "Amarock" ou "Seven Tears", mas quando Wagner anunciou a escolhida (que na verdade já estava no set) o público mal acreditou. Longa, longa, longa e esplêndida, ligeiramente menor que a versão de estúdio, mas ainda com mais de dez minutos de duração, "Seven Tears are Flowing to the River" emocionou de vez quem estava ali pra ver. O público cantou junto os ôôôs, a melodia e é capaz de lágrimas terem caído mesmo na madeira do Boca Rica.

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"Vocês querem qual agora?", ele pergunta novamente. "Ou querem que eu rebole?", ainda brincou. Mas estava claro que o show já estava terminando e era hora de "War", cover do BURZUM, que a NARGAROTH normalmente usa para fechar os shows. Curiosamente, na cover do Burzum, a mais rápida até ali, Wagner mantinha o polegar sempre pra baixo ao pronunciar a palavra que dá nome à canção, contradizendo os detratores da banda que o associam a causas nazistas (Wagner realmente exalta os soldados - tem tatuagem em homenagem aos marines mortos no Vietnam e parte no website dedicada aos "irmãos perdidos" nas guerras, mas parece não exaltar a própria guerra).

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"Nargaroth, Nargaroth, pede mais, em coro, o público. E honrando sua primeira visita à cidade, Wagner resolve continuar com o show e entregar "Possessed By Black Fucking Metal". Impressionante a parede de som só com bateria, e duas guitarras (salvo engano da vista deste que escreve, não havia um baixo no palco). Mas apesar do momento mais descontraído e de ter mandado mais uma, Wagner e banda saíram sem falar com ninguém. Nem mesmo um aceno. Tudo bem. Não precisava. E nem é esperado. Tem a tal da questão da pose, né?

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Mesmo assim, o público agradeceu com muitos aplausos, o que é uma forma não tão comum em shows de metal

BELPHEGOR

A atração principal da noite ainda subiria ao palco. Mas, para tanto, claro, ele teria que ser devidamente preparado. Saem o backdrop e os banners do NARGAROTH e chegam os "adereços" que acompanham Helmuth e o BELPHEGOR em todas as viagens (eu não consigo deixar de imaginar como é quando eles passam nas máquinas raio X dos aeroportos).

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Mas tudo isso, toda a atmosfera que a iluminação e esses ossos criam não seriam nada se o som do BELPHEGOR não fosse tudo o que é. Eles não imitam ninguém e tem um estilo muito característico e fácil de identificar, um Death Metal brutal com ecos de Black Metal ou um Black Metal pesadíssimo como Death Metal (até por isso preferem um corpse paint vermelho,ao invés do habitual preto e branco).

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Como estão divulgando o recém-lançado "Totenritual", dessa vez o quarteto austríaco traz mais faixas do álbum. Cabe lembrar que Fortaleza, no ano anterior, já tinha presenciado a execução de uma de suas músicas, ainda inédita na época. Do disco novo, nada menos que cinco canções estão no setlist ("Baphomet", "Swinefever - Regent of Pigs", "The Devil's Son", "Totenbeschwörer" e a pedrada "Totenkult - Exegesis of Deterioration") e foram distribuídas ao longo do show.

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"Fortaleza, Fortaleza, guardem suas orações. Deus não está conosco aqui agora. Existe apenas a escuridão e vocês", disse Helmuth logo depois das duas primeiras canções. E ele continuou repetindo o nome da cidade que o acolhia antes de praticamente cada uma das que viriam a seguir. É um contraste com a postura mais fria de Ash, que o antecedeu com o NARGARATH.

Claro que as pedradas antigas como a que (quase) dá nome à banda, "Belphegor - Hell's Ambassador", não poderiam faltar, com Serpenth dividindo os vocais com Helmut.

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As não tão antigas "Conjuring The Dead" e "Pactum in Aeternum", de 2014, também fizeram parte do show e é impressionante como combinam perfeitamente com a nova "Totenbeschwörer". Com um violão ao fundo em todas, as três canções parecem se conectar durante o show. Não deixa também de ser um

"Stigma Diabolicum" e "Lucifer Incestus" também foram bastante aclamadas pelo público, além de "Baphomet", com um demônio falando do outro. É nova, mas o refrão fácil e, obviamente o tema, já garantiram o seu sucesso junto aos presentes e a mantém, certamente, nos setlists da próxima turnê.

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A surpresa da noite foi "Gasmack Terror", uma das queridinhas do público brasileiro, mas que o BELPHEGOR não tem tocado muito recentemente e que foi incluída na turnê.

Na volta para o bis, Helmut pergunta o óbvio: "Vocês querem ouvir outra". E a resposta não poderia ser melhor articulada que "Diabolus Virtus Lumbar Est", fechando uma noite de muito metal extremo da melhor qualidade, com produção primorosa, som perfeito e, se formos elencar alguma falha, só poderíamos mencionar o público, que poderia (e deveria) ser bem maior.

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Alheio a isso (e também ao cansaço após tanto esforço em dedicação à sua missa negra, Helmuth ainda atendeu a todos que quiseram fotos e autógrafos na saída do palco. Impressionante como o homem parecia incansável na tarefa de satisfazer todo e qualquer fã que foi ao seu encontro. Um verdadeiro exemplo de como um artista deve se portar.

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Agradecimentos:
Dark Dimensions e Gallery Productions, pela atenção e credenciamento.
Gandhi Guimarães, pelas imagens que ilustram esta matéria.

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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