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Megadeth: noite antológica, destas a não se esquecer

Resenha - Megadeth (Credicard Hall, São Paulo, 24/04/2010)

Por Thiago Fuganti
Postado em 13 de maio de 2010

Uma noite antológica, destas a não se esquecer tão cedo, e que figurará sempre na lista dos melhores shows de metal que a maioria que estava lá no Credicard Hall viu na vida. Não, não estou exagerando, porque se alguém se atreveu a sair de casa e ir assistir a Mustaine e compania naquele sábado, no mínimo deve gostar da banda, e se gosta, vai concordar com essa afirmação.

E os carros chefes dessa turnê foram justamente o aclamado "Rust in Peace", tocado na integra, e a volta de David Ellefson ao lugar que lhe pertence. Eu não esperava ver isso (eles tocarem o álbum inteiro), pois não é comum bandas que estão fazendo turnês em homenagem a algum disco virem a estas terras, mas felizmente, antes de desembarcar por aqui, o MEGADETH confirmou que sim, tocaria o disco na integra na América do Sul.

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A primeira coisa a chamar a atenção de quem adentrava o Credicard Hall foi a enorme bandeira de fundo com a capa do "Rust in Peace", e também uma espécie de imitação de caixas militares, colocada em frente de ambos os tradicionais muro de amplificadores. Vale lembrar que da última vez que o MEGADETH veio, usou apenas uma bandeira simples com o logotipo da banda, no fundo do palco.

Ânimos acirrados, até que a música "Black Sabbath" começa a tocar nos PA's. Era a senha pro Megadeth entrar no palco, e o fizeram, um de cada vez. Primeiro Shawn Drover, depois David Ellefson sendo seguido por Chris Broderick e por último surgiu Dave Mustaine, com aqueles tradicionais passos meio "bêbados" e cabelo cobrindo a cara, vindo ocupar seu lugar.

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De cara uma novidade em relação a outros shows desta turnê; iniciaram com a dupla "Dialectic Chaos"/ "This Day We Fight!", que abre o ótimo "Endgame". E já na instrumental "Dialectic Chaos" tivemos uma amostra do que aconteceria muitas vezes durante a noite: Dave e Chris se revezando em ótimos e melódicos solos. "In My Darkest Hour" elevou de vez o clima e "Sweating Bullets" foi cantanda em uníssono, sendo seguida por "Skin O' My Teeth". Ao final, Mustaine fala com o público pela primeira vez, anunciando que nessa noite tocariam mais músicas do que o comum. Sorte nossa.

A banda sai do palco por uns instantes, e na volta, David Ellefson veio com uma camiseta do "Rust in Peace", e Mustaine estava com o próprio estampado em sua guitarra. Era a deixa para um dos maiores álbuns do Thrash Metal de todos os tempos ser executado do inicio ao fim. A clássica absoluta "Holy Wars...The Punishment Due" deu o pontapé inicial, assim como no CD (ou vinil, se preferir). A partir dai, só musicas viscerais em mais de 45 minutos sem interrupção. O disco foi tocado exatamente na ordem original, e um dos destaques foi David Ellefson, que comandou o show nas músicas "Five Magics", "Poison Was The Cure" e "Dawn Patrol". Chris Broderick também arregaçou, e fez jus ao que Mustaine disse sobre ele tocar os solos de Marty Friedman "nota por nota". Citar mais músicas aqui seria injustiça, pois o disco como um todo é ótimo. Ao final da "Rust In Peace... Polaris" Mustaine agradece dizendo: Esse foi "Rust in Peace".

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A banda sai novamente do palco, e logo retorna com "Trust", que fez todos pularem e cantarem juntos o refrão. Mustaine então toca um pedaço do refrão da "Head Crusher", instigando o publico a descobrir que música era e a cantar....é claro que a galera respondeu como era de se esperar: cantando! Em seguida
David Ellefson fala que estão com um novo álbum "Endgame" e um novo vídeo, que é a música que veio a seguir; "The Right To Go Insane".

"She-Wolf" e "Symphony Of Destruction" fecharam mais essa parte do show, e por mais que tenhamos visto em vídeos ou presenciado em outras apresentações, sempre é de arrepiar ouvir todos bradarem "MEGADETH!" na melodia desta última.

Mais uma saída de palco e no intervalo que se seguiu, o público ficou hora cantando o refrão da "Peace Sells", hora ficou chamando por Mustaine, que voltou sem camisa e com o tradicional cinto de balas da década de 80, para dar continuidade com "A Tout Le Monde", cantada em uníssono por todos. A esperada "Peace Sells" foi a penúltima música. O MEGADETH emendou então a parte do meio pro final da "Holy Wars", onde a banda foi apresentada, antes de encerrar, duas horas depois de ter começado, mais esse grande show dessa lenda Thrash Metal.

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Sobre Thiago Fuganti

Catarinense, mas vive atualmente em São Paulo 'Chaos City'. Começou no metal com Iron Maiden, que até hoje acha a melhor banda do mundo, porém descobriu o lado extremo (black, death, doom) e não parou mais. Hoje em dia ouve muitos estilos, desde música clássica a death metal - passando pelas clássicas bandas de metal -, mas a ênfase mesmo fica com o Black Metal.
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