Ripper Owens: carreira no Judas Priest revisada em Curitiba
Resenha - Ripper Owens (Hangar Bar, Curitiba, 23/10/2009)
Por André Molina
Postado em 27 de outubro de 2009
O ex-vocalista do Judas Priest, Tim Ripper Owens, deu prosseguimento a sua turnê brasileira com show em Curitiba no dia 23 de outubro no Hangar Bar. No repertório formulado especialmente para o país, o cantor exibiu um conjunto de canções do Judas Priest e interpretações para consagradas músicas de heavy metal. Ele não se reservou a somente apresentar canções dos CDs que participou no Judas. O set list incluiu músicas das décadas de 70, 80 e 90. Quem acompanhou Ripper Owens foi a banda paulista Tempestt, que solidifica uma trajetória fazendo turnês ao lado de grandes nomes do metal. Ainda neste ano, o grupo foi banda de apoio de Jeff Scott Soto. O entrosamento entre BJ (vocal e guitarra), Leo Mancini (guitarra), Gabriel Triani (bateria) e Paulo Souza (baixo) deu segurança a Owens. O Tempestt exibiu arranjos fiéis aos originais.
Fotos: Karil Soar
Após breve abertura das bandas curitibanas Epilepsya e Shoot N’ Blaze, Ripper preferiu iniciar a apresentação já detonando com clássicas canções do Judas como "Painkiller", "The Ripper" e "Burn in Hell" (música do disco Jugulator – primeiro com Ripper Owens). Talvez pelo novo álbum solo "Play My Game" não estar ainda à venda no mercado brasileiro, o cantor preferiu basear o set list em canções do Judas Priest. Sorte do público que chegou a casa para prestigiar as interpretações de Ripper para as canções da consagrada banda inglesa.
Em seguida, os fãs receberam mais canções de Judas, entre elas "Electric Eye" (responsável por um dos melhores momentos da noite), a obscura "The Green Manalishi" do disco "Hell Bent For Leather" de 1979, "One On One" do "Demolition" (último álbum com o cantor) e Grinder.
O cantor também reservou uma parte do show para exibir alguns covers. O público chegou a esperar interpretações para "Highway Star" (Deep Purple), "Paranoid" (Black Sabbath) e "Gates of Babylon" (Rainbow) que constavam em outros repertórios, mas foram retiradas do set list de Curitiba. Ripper incluiu "Symptom of The Universe" (Black Sabbath) e "Flight of Icarus" (Iron Maiden), que agradou bastante o público. Vale dizer que a canção ficou muito boa na voz de Owens.
Para relembrar sua passagem na carreira do guitarrista sueco Yngwie Malmsteen, o ex-vocalista do Judas Priest executou "Rising Force". Estranhamente ele preferiu incluir a canção no lugar de qualquer outra música que ele gravou no álbum de Malmsteen do qual participou, o "Perpetual Flame", de 2008.
Do disco solo "Play My Game", a canção que agradou foi "Starting Over". Apesar da maioria dos fãs presentes não conhecerem, o novo trabalho teve uma boa receptividade.
Para fechar, o lendário cantor apresentou uma dobradinha clássica de Judas Priest, com "Breaking the Law" e "Living After Midnight", do álbum mais marcante da banda britânica, o "British Steel".
O show foi um dos melhores eventos de heavy metal em Curitiba no ano de 2009. É uma pena que pouca gente presenciou o espetáculo. Estima-se que o público foi inferior a 200 pessoas. Quem admira Judas Priest dificilmente vai poder presenciar evento de tal qualidade na capital paranaense.
Aberturas
As duas bandas que abriram o show de Ripper Owens executaram breves repertórios que esquentaram a platéia. Os curitibanos do Epilepsya aproveitaram a oportunidade para priorizar as composições próprias em meia hora. No estilo do grupo são nítidas as influências de Sepultura, Slayer e Pantera. O que se destaca na banda é a presença de palco. O vocalista e guitarrista, Cleiton Valle, exibe uma maneira de cantar que lembra Rob Zombie. Já o baixista Jeison parece espancar as quatro cordas.
Além das músicas de própria autoria, o Epilepsya também expôs versões de "Symptom of The Universe" (Black Sabbath) e "Ace of Spades" (Motorhead). Já o grupo Shoot n’ Blaze preferiu optar pelos covers, agradando o público com canções do heavy metal clássico, de bandas como Iron Maiden e Dio.
Tarde de autógrafos
No período da tarde, Tim Ripper Owens recebeu aproximadamente 30 fãs na loja de discos e roupas Let’s Rock, localizada no centro de Curitiba. Ele tirou fotos e autografou CD’s e DVD’s. Percebeu-se que os fãs esperavam ter a oportunidade de comprar o álbum "Play My Game", que ainda é uma raridade no Brasil. Após conversar com admiradores e curiosos, Ripper foi presenteado com um par de tênis , que estava exposto na vitrine da loja.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A icônica banda que negligenciou o mercado americano; "Éramos muito jovens"
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
A emocionante música do Metallica que foi tocada em apenas um show da banda
Como Sepultura salvou o repetente e sem namorada Andreas Kisser das incertezas da vida
Led Zeppelin: A inspiração por trás do clássico "Kashmir"


Resenha do show de Tim "Ripper" Owens e Sunroad em Goiânia
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!



