Iron Maiden: A importancia de Martin Birch na discografia da Donzela
Por Carlos Gleidson
Postado em 20 de novembro de 2017
Que os caras são talentosos, profissionais e fazem um ao vivo espetacular, grande parte dos fãs há de concordar. No entanto, aquele fã mais exigente e atento a história e produção dos discos da banda percebe nitidamente a importância do produtor Martin Birch no sucesso que o Iron Maiden teve do início no primeiro LP à fase de ouro da banda.
Os discos desse período soam perfeitos, onde cada instrumento é percebido sem embolar ou abafar o resultado do trabalho.
Não é o que se verifica desde que Steve Harris quis tomar a frente também da produção da banda. Infelizmente quando as coisas começam a ter outro rumo que não seja a música num contexto geral acaba por ocorrer dessas. Quem tem o ouvido mais apurado logo percebe que a partir do momento que mister Harris assumiu essa função o som da bateria, mesmo no formato CD ficou mais abafada e os solos não tão definidos como antes. Até parece que acreditaram que o que fizessem iria ser aceito pelos fãs, independente de ter qualidade ou não.
Chegou um tempo que pode ter ocorrido acomodação e falta de zelo pelo trabalho, algo compreensível e normal depois de tantos anos na estrada. No entanto para um fã exigente como eu, aceitar um disco do Maiden de qualquer jeito é meio que pedir para padre divorciar depois de te-lo casado.
Meu último álbum favorito da banda foi Fear of the Dark, de 1993. Mesmo com todos sabendo que Bruce iria sair da banda, sentíamos uma energia produtiva boa e Birth mais uma vez no comando. Gostei dos discos com Blaze e tambem da carreira solo de Bruce, mas apenas os com a participação de Adrian Smith que seriam os mais pesados.
Vendo hoje a produção de Steve e os discos pós volta de Bruce, não sei se realmente foi a melhor escolha e decisão para ambos a volta em 2000, existem coisas na vida que devemos aceitar e seguir em frente pro bem do que realmente importa, neste caso a arte. Financeiramente, e para muitos isso é o que importa, foi bom para a banda, no entanto, para o fã de arte e arte de qualidade, não houve evolução criativa e muito menos de produção ou algo realmente novo com esse retorno e isso era justamente o diferencial da banda, não existia mesmice e era isso que os fãs mais aficionados gostavam, sempre ficava a pergunta: "Sobre o que eles vão falar no próximo disco? qual a temática?" Talvez tentem fazer em termos de temática ainda hoje, mas a criatividade musical está devendo.
Fazer algo novo e diferente do de sempre parece ser um insulto, quando isso foi que fez a banda ser o que é. Torço para que Harris volte a focar mais na arte e no ser músico e que a banda em si tenha mais senso de decisão no grupo e não apenas uma só pessoa, trazendo mais peso tanto nos riffs como nas batidas de bateria, deixando um pouco de stand by as frases muito lá lá lá nas guitarras e os oh oh oh dos vocais para a história da banda.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
Dave Mustaine fala sobre "Ride the Lightning" e elogia Lars Ulrich: "Um excelente compositor"
Wolfgang Van Halen diz que as pessoas estão começando a levar seu trabalho a sério
Dave Mustaine cutuca bandas que retomaram atividade após turnês de despedida
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
O que Max Cavalera não gostava sobre os mineiros, segundo ex-roadie do Sepultura
Motörhead "salvou" baterista do Faith No More de ter que ouvir Ted Nugent
Os trabalhos do Guns N' Roses que Slash evita rever; "nem sei o que tem ali"
A melhor música do AC/DC de todos os tempos, segundo o ator Jack Black
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
O padrão que une todos os solos da história do Iron Maiden, segundo Adrian Smith
Dave Mustaine não pensou no que fará após o fim do Megadeth
A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
Metal Hammer inclui banda brasileira em lista de melhores álbuns obscuros de 2025
Clemente segue no CTI, informa novo boletim médico
Fãs debatem qual dos nove integrantes do Slipknot é o mais inútil de todos
O nojento episódio nos EUA que marcou a relação de João Gordo com o Sepultura
Metallica: Hetfield elege as suas dez músicas favoritas de outras bandas

AC/DC, Maiden e festivais de R$ 3 mil: 1 em cada 4 brasileiros já se endividou por shows
A música brutal do Machine Head inspirada em catástrofes reais e com influência de Iron Maiden
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
A faixa do Iron Maiden que ficou com 5 minutos a mais do que eles imaginaram
John Petrucci destaca influência de Maiden e Metallica na relação do Dream Theater com os fãs
Steve Harris reconhece qualidades do primeiro álbum do Iron Maiden
Steve Harris queria ser baterista, mas optou pelo baixo; "Eu não sabia tocar bateria"
O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
Adrian Smith fala sobre teste que fez para entrar no Def Leppard
Black Metal: A capa mais "true" e o que ela diz sobre a música atual
Uma geração perdida, e com medo do escuro



