Justiça americana investiga o 'jabá' nas rádios
Fonte: Disconnected
Postado em 26 de julho de 2005
De acordo com matéria publicada pela Fox News, baseada em dados levantados pela agência de notícias Associated Press, o procurador geral de Nova York, Eliot Spitzer, começou a investigar efetivamente a prática do "pay for play" ("pagar para tocar") nas rádios americanas. Conhecida no Brasil como o desprezível "jabá", nos EUA a ação tem o nome de "payola", uma contração de "pay" e "victrola".
A primeira gravadora envolvida foi a Sony BMG, que teoricamente vinha dando dinheiro a funcionários de rádios para divulgar seus artistas. Em um dos casos, um empregado da Epica, subsidiária do selo, teria oferecido grana a alguém da WKSS perguntando "O que eu preciso fazer para que o Audioslave entra na programação desta semana? Posso transformar em realidade tudo aquilo que você imaginar".
Não se discute se a banda de Chris Cornell (vocal), Tom Morello (guitarra), Tim Commerford (baixo) e Brad Wilk (bateria) precisa desse tipo de artifício para vender discos, mas a Sony BMG concordou em pagar US$ 10 milhões para ajudar na investigação. Segundo Spitzer, a gravadora usava o nome de vencedores de concursos fictícios para justificar as transações.
A grana que saiu da gravadora será distribuída para entidades beneficentes e programas de educação musical. Nos Estados Unidos, uma lei federal de 1960 estipulou o "jabá" como crime passível de punição de US$ 10 mil e um ano de prisão. Leia a íntegra da matéria clicando neste link.
O grande mal da prática é fechar a porta para talentos que não têm verba própria ou uma gravadora com recursos disponíveis para promover uma banda fora dos padrões normais de divulgação - anúncios em revistas, displays em lojas et cetera. A conseqüência disso é empurrar goela abaixo de muita gente artistas de gosto de duvidoso e desprovidos de talento.
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