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Minha vida não é um bom exemplo, diz Keith Richards

Fonte: Folha de São Paulo
Postado em 04 de setembro de 2005

JAMES MCNAIR
DO "INDEPENDENT", EM TORONTO

A Ceifadora está em casa, assistindo à televisão, e a campainha toca. Ela abre a porta e vê Keith Richards, vestindo um longo manto negro e trazendo na mão uma foice que parece afiada. "Lamento", diz o aparentemente indestrutível guitarrista dos Rolling Stones. "Chegou a sua hora."

Diante da história narrada acima, Richards é o primeiro a perceber a graça. "É, eu com certeza gostaria de assistir à despedida da Ceifadora", diz, com uma risada áspera. "Mas as pessoas não deveriam tentar fazer a mesma coisa que fiz com o meu corpo, porque nem todo mundo é capaz de sobreviver." Como que para sublinhar esse fato, ele vira o copo de uma estranha mistura de vodca e laranjada conhecida como Nuclear Fall-Out. Diante da oferta de uma dose, digo que prefiro continuar com a cerveja.

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Richards completará 62 anos em dezembro e está desfrutando de sua bebida enquanto fuma uma seqüência ininterrupta de Marlboros fortes. Ainda que sejam apenas 17h30, seu camarim decorado por caveiras e guitarras está iluminado por velas.

O camarim de Richards fica no Greenwood College School. É aqui, surpreendentemente, em um subúrbio discreto de Toronto, no Canadá, que os Rolling Stones uma vez mais ensaiaram para a nova turnê, iniciada nos EUA no último dia 20 de agosto. De acordo com Richards, os ensaios correram bem. Será que contemplar a turnê de 50 espetáculos, que durará até março, é semelhante a contemplar o Everest?

"Não, é como esquiar morro abaixo! Ninguém está fazendo doce para participar, desta vez." Até mesmo Charlie Watts, tradicionalmente o mais reticente dos Rolling Stones quando se trata de turnês, parece empolgado com a temporada, a despeito de sua recente luta contra um câncer na garganta. "Charlie está bem agora e voltou com força total, talvez para provar alguma coisa", diz Richards sobre o colega, de 63 anos. "Se é esse o efeito de uma quimioterapia, vou fazer uma."

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Se o apetite dos Stones pela nova empreitada é tangível, Richards, pelo menos, não se deixou entusiasmar pela idéia do Live 8 -foi ele quem vetou a participação da banda no evento. "Não entendo porque todo mundo que estava tentando me convencer a participar era um cavaleiro da coroa", diz ele, rindo. "Recebi telefonemas de sir Bob [Geldof, organizador do evento] e de sir Mick [Jagger], mas disse a Mick que nós não tocaríamos. "Se você quiser participar por sua conta, ótimo, mas a banda não vai tocar."."

"Reduzir dívidas?", prossegue o guitarrista. "Tudo parecia meio nebuloso para mim. E eu não conseguia acreditar na pressão, vinda até mesmo do governo britânico. Eu dizia que estávamos terminando o disco novo, nos preparando para a turnê -lamento, mas não temos como participar. Aprovo de coração o que eles estavam tentando fazer, mas estava tudo amarrado a políticas do governo, e sempre tento separar política e música. Quero dizer, Bob é um bom sujeito e tudo, mas em última análise é ele quem se sai bem disso tudo, não?"

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O novo álbum que Richards menciona é "A Bigger Bang", que é lançado no Brasil na próxima sexta-feira. Trata-se do primeiro disco de estúdio da banda desde "Bridges to Babylon", de 1997, e, como sugere o título, vê a maior banda de rock que resta no mundo deixando de lado a complacência e rugindo alto.

Com Charlie em recuperação e Ronnie Wood enfrentando momentos igualmente difíceis (o guitarrista ficou arrasado com o suicídio de sua primeira mulher, Krissy, no começo do ano), Richards diz que ele e Jagger foram forçados a trabalhar em dobro.

"Nós estávamos desfalcados", brinca. "Mick e eu recebemos a notícia de que Charlie estava entrando em tratamento quando estávamos começando a compor. Houve uma pausa funesta e começamos a imaginar que talvez fosse melhor suspender o trabalho. Mas decidimos que ir adiante seria o melhor estímulo que podíamos dar a Charlie. Na verdade, este é o disco em que eu e Mick trabalhamos mais perto desde "Exile on Main Street". Nós dois cuidamos de tarefas que normalmente não nos teriam cabido, tocar contrabaixo e coisas assim."
"Mick ajudou, tocando excelente guitarra", continua Richards. "Eu durmo no andar de baixo e o estúdio fica no andar de cima. Uma noite eu estava ouvindo uma velha canção de Muddy Waters que não conhecia, mas na verdade era Mick tocando a parte do slide em "Back of My Hand". Ele sempre tocou violão bem, graciosamente, mas a guitarra parecia uma besta selvagem nas mãos dele, até este ano. Mas quando o ouvi, desta vez, pensei, "meu Deus, o garoto enfim aprendeu!"."

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É dessa maneira que Richards conduz a conversa no controle, contando casos e em geral mantendo o tom brincalhão. Não surpreende, portanto, que ele supostamente tenha sido convidado a fazer um papel em "Piratas do Caribe 3" (o segundo filme já está pronto). Embora o amigo Johnny Depp tenha usado Richards como modelo para criar o fanfarrão Jack Straw, Richards diz que não vai "confirmar ou negar" seu envolvimento na trilogia.

Quando pergunto qual o maior equívoco na imagem que fazem dele, Richards fica momentaneamente sem resposta. "O rosto público de Keith Richards", ele diz, "é uma caricatura com boa dose de verdade. Fui escalado para o papel de velhaco e o aceitei da melhor maneira que pude", ri. "Mas todo mundo muda. O problema é que, se você é famoso por todo esse tempo, os acontecimentos importantes e boatos de sua vida o acompanham para sempre."

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Para Richards, eles incluiriam a noite em que compôs os riffs de "Satisfaction" e "Brown Sugar", o banho de sangue durante a apresentação dos Rolling Stones no festival de Altamont, em 1969, a misteriosa morte de Brian Jones, meses antes, naquele mesmo ano, e o mito persistente de que um método suíço de transfusão de sangue semelhante a um embalsamento foi o que tornou possível a Keith abandonar a heroína, temporariamente, antes de uma turnê européia em 1973.

A menção dessa última história é o suficiente para ajudar Richards a encontrar uma resposta à pergunta anterior. O maior mito sobre ele, afirma agora, é provavelmente o de que estava sempre correndo riscos em razão das drogas. "Na verdade, eu usava drogas de um modo bastante responsável", diz. "Uma dose boa no café da manhã, outra antes do almoço, uma terceira para o chá; era como as pausas em um jogo de críquete, algo assim."

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"As ocasiões em que me dei mal foram quando obtive drogas com gente que não conhecia, e elas vieram misturadas com estricnina. Eu lá, deitado na cama, e as pessoas em volta dizendo, "bom, ele ainda está respirando". Era um pouco como uma história de Allan Poe, ser enterrado vivo. Era possível ouvir o que diziam, mas eu não conseguia responder porque estava paralisado."

"John Lennon passou por isso, também", prossegue Richards. "Ele parecia estar competindo comigo quanto às drogas, e nunca entendi o motivo."

Será que ele era um Stone disfarçado de Beatle? "É uma hipótese interessante. Acredito que os Stones se comportavam como ele gostaria que os Beatles se comportassem, e por isso ele se sentia reprimido."

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