Bill Wyman comenta sua saída (e recusa de retorno) do Rolling Stones
Por André Garcia
Postado em 08 de março de 2023
Press-release - Clique para divulgar gratuitamente sua banda ou projeto.
Quem nunca sonhou ser um rockstar rodando o mundo gozando de um status de quase realeza? Muitos dariam um braço por isso, mas alguns dos que já viveram essa vida abriram mão dela sem olhar para trás. Entre os rockstars que trocaram os holofotes por uma vida discreta estão os baixistas de duas das maiores bandas do rock britânico: Bill Wyman dos Rolling Stones e John Deacon do Queen.
Rolling Stones - Mais Novidades
Conforme publicado pela Far Out Magazine, em entrevista para a Classic Rock, em 2020, Bill Wyman quebrou o silêncio para falar de sua saída dos Rolling Stones, oficializada em janeiro de 1993.
"Quando eu saí dos Stones, demorou alguns meses para reconstruir aquela relação com eles. Foi bem estressante, porque, como eles não queriam que eu saísse, então, ficaram bem maldosos. Ao invés de serem gentis e dizerem: 'Foram ótimos esses 30 anos. Valeu, cara!', Mick dizia coisas absurdas e estúpidas com aquela atitude mimada que ele tinha. Ele dizia coisas tipo: 'Bem, se não tiver alguém para tocar baixo, eu toco. Não pode ser tão difícil assim.' E Keith [Richards] dizia 'Ninguém sai dessa banda, a não ser que seja em um caixão!'."
"Mesmo assim, eles ainda deixaram a porta aberta para mim por dois anos. Charlie e Mick ligavam e diziam: 'Você não está realmente saindo, não é? Você mudou de ideia?'. Então, quando chegou a hora de fazerem a turnê de 94/95, eles tiveram que tomar uma decisão final. Mick e Charlie vieram até mim e passaram a noite tentando me convencer a ficar. Se eu tive algum arrependimento por não voltar? Absolutamente nenhum."
"Keith ainda me envia velas perfumadas no Natal. Todos nós trocamos presentes de aniversário e de Natal. Ainda é uma coisa de família, algo social, não de negócios, e funciona muito bem. É como parentes distantes. Todo mundo tem uma tia e um tio que são encantadores, mas você não consegue vê-los com frequência."
Em outra entrevista, essa ao Telegraph, em 2008, o baixista comentou que havia perdido o encanto pela vida como um membro dos Rolling Stones, e a banda acabou se tornando para ele um fardo:
"Tocar com os Stones sempre foi muita pressão. O próximo álbum ou single sempre tinha que ser o melhor, ou pelo menos vender mais. Quando nos reuníamos para tocar, era um grande acontecimento. Trabalhar com Charlie foi fantástico, e ainda somos muito próximos. Mas quando eu fazia uma turnê com os Stones, levava um mês só para praticar todas aquelas músicas que já tocávamos há 30 anos."
A última empreitada musical de Bill Wyman foi antes da pandemia, o álbum "Studio Time" (2018) de sua banda Rhythm Kings.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps