Rush: "nunca desperdiçamos uma canção"
Por Wesley Patryck Dultra de Almeida e Rafael Dua
Fonte: Billboard.com
Postado em 15 de setembro de 2006
Jonathan Cohen da Billboard.com recentemente conduziu uma entrevista com Neil Peart, baterista do RUSH. A seguir, temos um trecho dessa conversa:
Billboard.com: Me parece que "Vapor Trails" foi um retorno de verdade ao som de guitarra/baixo/bateria sem sintetizadores. Vocês ficaram felizes com aquela direção e vocês conseguem ver isso como permanecendo uma parte importante do som?
Neil: Sim, eu posso com certeza dizer que tem sido até agora. Nós temos provavelmente umas oito músicas que nós todos realmente gostamos e são realmente novas para nós e vindas de diferentes influencias e estilos de escrita. Conosco, não é uma questão de discutir entre nós três sobre coisas – é mais sobre a música, em como ela quer ser e como aborda-la desta forma, então fica um conflito unificado muito interessante. Não existe atrito entre nós, mas frequentemente existe um atrito entre nós e a música que estamos tentando escrever.
Nós começamos a trabalhar meio que à distância porque eu estou morando na Califórnia atualmente e os outros dois ainda estão em Toronto, então estamos tentando trabalhar à distância desta forma. Eu mandei algumas letras para eles e nos reunimos em março em minha casa e em Quebec e eles tocaram para mim as coisas nas quais eles estavam trabalhando. Foi realmente orgânico de uma maneira que eu não havia ouvido ainda (do RUSH). Nós passamos um mês juntos em maio trabalhando nestas músicas e desenvolvendo nossas partes instrumentais individuais para elas. É muito cedo para dar uma característica para esse CD, mas definitivamente é novo e diferente e isso é certamente satisfatório.
Billboard.com: Vocês tem sempre feito um excelente trabalho de preencher o vazio entre as turnês com lançamentos ao vivo. Algum dia vai haver uma grande limpeza de baú ou não existe nada assim?
Neil: Nós não temos nada, na verdade. Nós nunca gravamos uma música que não lançássemos. Eu chamo isso de preguiça, quero dizer, nós nunca teríamos tido todo aquele trabalho e então não lançar a música. Com certeza, nós abandonamos muitas músicas pelo caminho – perdemos a confiança nelas, é a forma como eu sempre coloco porque nós temos uma espécie de barômetro interno, e se nós não estamos motivados suficientemente para trabalhar na música, então ela não vale a pena. Por outro lado, se estamos motivados, ela vale a pena e vai ser lançada.
Eu lembro que "Caress of Steel", nos velhos tempos da fita cassete, tinha tamanhos bem desiguais em cada lado. Eu acho que um lado tinha 20 minutos e o outro tinha 25, e a gravadora queria que nós retirássemos uma música. Nós dissemos, "De jeito nenhum! Nós tivemos todo o trabalho de fazer a música, ela vai para o disco." Então literalmente não tem nada que não tenha sido lançado. Para nós, realmente não tem nenhum baú para ser limpo.
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