Charlie Brown Jr: dois anos depois, viúva fala sobre o vício de Chorão
Postado em 05 de maio de 2015
Graziela Gonçalves, companheira por duas décadas do vocalista Chorão, da banda Charlie Brown Jr, comentou em entrevista à revista TPM sobre o vício do músico. Abaixo alguns trechos transcritos.
O começo do vício
Logo que eu o conheci, falei de um ex-namorado que eu tinha e que usava drogas. Pó. Eu odiava. Ele me disse que já tinha experimentado, mas que também odiava. Depois fiquei sabendo que rolava, de tempos em tempos, mas que não era uma constante. E ele tentava esconder de mim, porque sabia que a gente iria brigar feio. Ele teve fases durante a vida. O pai morre, a banda acaba, um monte de coisa acontece... oscilava, ia lá pra baixo. E tinha muita oferta. Testemunhei algumas vezes, em camarim: as pessoas querem fazer uma presença pro artista e acham que a vida dele é oba-oba. Que não tem família, filho, responsabilidade.
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Tentativa de cura
Uns quatro anos antes de ele falecer, piorou. Quando a banda se separou [em 2005, os integrantes romperam com Chorão. Em 2011, ele e Champignon reataram], falaram muita coisa feia sobre ele. Passava gente no nosso prédio xingando: "Chorão filho da puta!". Tive síndrome do pânico, gastrite. E ele foi pro pó.
No ano anterior à morte, ele estava muito ruim, com sintomas sérios. Eu falava pras pessoas: "Como vocês não estão vendo?". Até que ele concordou em procurar ajuda. Tivemos indicação de uma médica incrível, que deu um remédio pra baixar a loucura da vontade, e pediu exames. Ele enrolou um mês e não fez. A gente ia uma vez por semana lá, uma espécie de terapia. Um dia ele falou que não queria mais ir. E voltou com tudo.
Paranoia
Ele tinha paranoias pesadas quando estava ruim. E crises gigantescas de ciúme. Falou pro irmão: "A Graziela tá me traindo, tô saindo de casa". Na verdade ele precisava de uma desculpa pras pessoas, porque estava saindo de casa pra ir cheirar pó em hotel.
Saindo de cena
Um dia, a produtora da banda veio na minha casa falar que não estava aguentando mais. Falei: "O único jeito é internar". Liguei pro filho, pra ex-mulher, contei o que estava acontecendo. Eles me apoiaram. Fui até a clínica e a médica fez um laudo, que dizia que ele corria risco de vida. Com isso em mãos, fomos até o hotel onde ele estava, na alameda Santos. Mas um cara nos impediu de subir. Avisou o Alexandre que eu estava ali embaixo e nada deu certo. Aí eu joguei a toalha. Eu estava 10 quilos mais magra, sem comer, dormindo à base de calmante. Um fiapo de gente. Perdi a força. Sozinha, não ia conseguir nada. Precisava que o filho dele endossasse, precisava de apoio. Mas o Alexandre, muito inteligente, mesmo louco, ligava pra ex-mulher e pro filho dizendo que eu estava louca, que eu estava com ciúme. Ele manipulou as coisas. Esse foi o momento em que eu vi que ferrou.
A matéria completa pode ser lida na Revista TPM.
Morte de Chorão
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