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JJ Thames: estrela blues em ascensão

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Postado em 05 de setembro de 2016

JJ Thames nasceu na Motowniana Detroit, mas faz um som super Delta do Mississippi, com influxo de soul music e uma pitada bem de leve de pop. Sua biografia é cheia de lances-pratos-cheios pra construção da figura da cantora sentida de blues: morou em abrigo pra sem-teto com os filhos, já cantou no metrô de Nova York, teve que largar a carreira pra ganhar trocados como gerente de restaurante para sustentar os guris. Enfim, a ainda jovem JJ já demonstra na rica voz a carga de poucas e boas por que tem passado.

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Longe dos badalados centros musicais de LA e NYC, JJ Thames vive em Jackson, Mississippi e grava pela independente Dechamp Records, por isso não frequenta a mídia grande, mas nos sites de blues e blogosfera alternativa, já é considerada forte promessa de dama.

Em abril de 2014, estreou no mundo fonográfico com Tell You What I Know, cuja faixa-título encerra em tom autobiográfico um álbum composto de blues e souls lentos, em sua maioria.

A abertura, Souled Out, não deixa dúvidas sobre a história de e tradição na qual Thames se insere: mencionando Motown (Detroit) e Mississippi e dizendo que contará sua história, a cantora já mostra do que é vocalmente capaz num gospel, sucedido por Hey You, blusão com gaita rasgada e tudo, daqueles que dá para entender bem porque o rock veio dessa matriz. A sexy I Got What You Need também tem gaita envenenada e é rhythm’n’blues com banjo, o que dá gostinho bluegrass no fundo. My Kinda Man é soul, cuja letra é meio estranha em 2016, por se inserir na tradição da adoração ampla, total e irrestrita pelo soberano macho. Mas, tudo bem, deve ser só postura estética, considerando-se a bio de JJ Thames. Can You Let Somebody Else Be Strong é linda balada gospel, enquanto I’Ma Make It tem seu espírito funk no blues.

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Tell You What I Know é visceral sem exagerar na gritaria (e JJ Thames tem tórax pra isso) e mistura diversos elementos de black music sem soar datado, porque a produção é moderna, mas é cru demais pra púbico estritamente pop talvez.

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Mês passado, saiu o segundo álbum, Raw Sugar, mais diversificado, porque apresenta algumas canções mais energéticas e agitadas e com uma JJ Thames ainda mais senhora de seu poderio vocal; soltando a voz onde precisa, mas ainda sem cacoetes de diva esgoelante (não que eu tenha algo contra). A crueza do açúcar do título pode ser comprovada no bluesão à BB King da faixa-título e de Bad Man, I Don’t Feel Nothing ou Woman Scorned. Um dos trunfos de Thames é manter a "crueza" do blues, mas temperá-lo com aquela diversidade que parte do público mais popificado tanto preza. Nessas e em outras faixas, sobressai a guitarra do também produtor Eddie Cotton, mas jamais perde-se o foco: o destaque está na multinuançada voz de JJ.

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Como no predecessor, Raw Sugar abre com um spiritual clamando por proteção divina a uma jornada. Na origem escrava do blues, essas letras sempre tiveram duplo sentido. A viagem pode ser a vida, mas também conta-se que nas plantações de algodão sulistas, os escravos usavam tais canções para combinar ou se referirem a planejadas fugas. Mito ou verdade, não sei, mas é bonito o significado.

Ao lado desse blues mais tradicional, lufadas Motown em I Wanna Fall In Love ou a deslizante brisa What’s Going On(ica) de Leftovers, puro Marvin Gaye. A letra dessa contrapõe-se à subserviência ao macho do álbum anterior, posto que Thames canta querer bofe só dela; não se contenta com restos de outra. Essa assertividade já se manifestara no bluesão I’m Leavin’, onde ela abandona um relacionamento destrutivo. O quinhão autobiográfico revela-se na balada Plan B (Abortion Blues), sobre a dureza de se decidir pela interrupção duma gravidez. Hold Me é uma valsa soul super 70’s e Hattie Pearl é rhythm’n’blues de orgulhar Ike and Tina Turner. E o rock veio do blues! Entre tanta coisa boa, o arraso fica pra balada soul Only Fool Was Me, onde Thames e o saxofone estraçalham.

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Se seguir na linha ascendente indicada pelo par de álbuns, JJ Thames virará diva do blues, independentemente da grande mídia badalá-la.

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Sobre Roberto Rillo Bíscaro

Roberto Rillo Bíscaro é professor universitário e edita o Blog do Albino Incoerente desde 2009.
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