Angra: origem de "Z.I.T.O." é comentada - e significado segue misterioso
Por Igor Miranda
Fonte: Whiplash.Net
Postado em 04 de abril de 2018
Durante entrevista exclusiva ao Whiplash.Net, o guitarrista Rafael Bittencourt se estendeu, com empolgação, ao falar sobre as letras de "Omni", novo álbum do Angra. O nome e o conceito do disco vieram a partir de um conceito que também inspirou "Z.I.T.O.", misteriosa faixa do álbum "Holy Land" (1996). E a origem comum vem de outros planos – ou planetas.
"Comecei a escrever a ideia do ‘Omni’ há seis anos. Porém, existe uma conexão da letra de ‘Z.I.T.O.’ – que, inclusive, foi regravada para a versão do álbum no Japão – com a história do disco. ‘Z.I.T.O.’ resume várias coisas. É um mistério, mas que está pronto para ser revelado, farei um vídeo em breve sobre ela. Nunca quis que as pessoas ficassem presas ao que isso é para mim. Sempre quis que aquelas palavras tivessem algum sentido, independente do título", contou, inicialmente, sobre a conexão e o mistério relacionado ao significado de "Z.I.T.O.".
O músico explicou que o conceito trabalhado em "Z.I.T.O." surgiu após um sonho esquisito que teve no sítio onde "Holy Land" foi gravado. "Tive um sonho esquisito de uma conversa com um extraterrestre que levou todos da banda para um passeio. Foi muito real, tanto que eu falava com os camaradas da banda no sonho que quando acordássemos, precisaríamos lembrar disso. E ele falou várias coisas sobre a cognição humana, a abertura da consciência, os paradigmas e arquétipos religiosos - como a palavra Lúcifer, que gera medo. Aquilo me ajudou a escrever, inclusive, algumas letras do 'Holy Land', mas eu já tinha em mente que iria falar sobre o descobrimento do Brasil e das Américas, a mistura de culturas... era o tema principal. Então, aquele assunto ficou um pouco adormecido", disse.
Embora ninguém tenha se lembrado da situação – o que pode remeter o caso a um mero sonho –, Rafael Bittencourt afirmou que a sua mentalidade mudou a partir do episódio que inspirou "Z.I.T.O.". "Quando acordei daquele sonho, aparentemente, ninguém se lembrava. Eu me senti um pouco louco: será que eles viveram aquilo e esqueceram ou foi um sonho? Aquela coisa do Raul Seixas (na música ‘O Conto do Sábio Chinês’): ‘será que sou um sábio chinês que sonhou que era uma borboleta; ou uma borboleta sonhando ser um sábio chinês?’. E a sigla, Z.I.T.O., me era recorrente, pois haviam histórias em paralelo se sincronizando. Daí, começou essa conversa com o extraterrestre na minha mente. E eu pensava que não fazia diferença se era um sonho ou realidade: poderia ser um fluxo da minha criatividade, mas me ajudava a fingir que estava falando com o extraterrestre, que me dava ideias para escrever", afirmou.
A interação com o extraterrestre, segundo Rafael, gerou o nome "Omni". "Esse extraterrestre me falava sobre um sistema cognitivo que estava sendo implantado na mente dos humanos e que eu poderia, caso quisesse, colaborar com esse plano. Tentei entender na prática, pois só sabia a teoria, mas ele começou a me ajudar a ordenar minhas ideias. As letras de ‘Omni’ estão mais legais dessa vez porque o Sistema Omni me ajudou a encontrar minha síntese e a desenvolvê-la, seja criando letras ou tomando decisões. Não queria algo dogmático, como se fosse um caminho para a humanidade. Fiz as letras para um público pré-adolescente, não para um filósofo, alguém formado com pós-doutorado – compus para pessoas em formação, em busca de novas ideias e sem opiniões próprias, mas interessado em tê-las. Essas ideias vão virar sementes na cabeça dessas pessoas", disse.
Leia a entrevista completa no link a seguir.
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