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Opinião: Pela memória do rock nacional!

Por Ricardo Bellucci
Fonte: Artigo de Opinião
Postado em 08 de junho de 2019

A falta de preservação da memória no Brasil é algo lendário, e isso ocorre nas mais diversas áreas, quer seja na memória cultural ou histórica. No entanto, essa falta de memória carrega em si um elevado custo: a perda de patrimônio cultural!

Um povo que não conhece sua história não apenas está condenado a repetir seus erros, não, a questão é mais profunda, levando a um progresso cultural e material mais lento e mais pobre, sem sombra de dúvidas. No caso do patrimônio cultural em geral, e no musical em específico, isso também é válido. A formação de um público fiel a um estilo ou banda é um processo de natureza cultural e histórico. Para quem é do tempo (e aqui não vai nenhum tipo de saudosismo mas apenas uma análise de natureza histórica) do LP, algo não tão longínquo assim, ouvir um disco era um verdadeiro ritual: a espera pelo lançamento, a ida a loja para comprar o disco, acompanhado dos amigos, abri o plástico que lacrava o LP, sentir o vinil em suas mãos, ler os encartes, e finalmente colocar o disco para rodar no toca discos! Era um ritual mágico, uma experiência quase mística!. Isso também acontecia com um novo livro!

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Este tipo de postura, quase de reverência, a um LP, a um disco, se estendia ao show de uma banda! A semana anterior ao show era de espera, a véspera uma verdadeira tortura! A ida era planejada com detalhes, afinal como a grana era curta, e as chances de ver sua banda favorita eram escassas, nada poderia sair errado, caso contrário, um abraço, ficava para a próxima, se é que haveria próxima vez! Todos esses elementos demonstravam um mergulho no meio cultural e musical "de cabeça", desenvolvendo uma postura, uma atitude não apenas de mero fã ou ouvinte, mas de um consumidor de bens culturais. Era preciso desenvolver hábitos, e um deles, imprescindível, saber apreciar, na sua plenitude e completude, uma obra de arte. Desenvolvíamos o salutar hábito de ouvir um disco do começo ao fim, faixa por faixa, diversas vezes, fazendo o mesmo com revistas e livros. Isso proporcionava a nossa geração uma visão em profundidade de cada disco ou livro, de cada objeto cultural por nós apreciado.

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Com o avanço da tecnologia ganhamos muitas coisas, sem sombra de dúvidas, no entanto, perdemos outras. Tudo está mais fácil e acessível de se ter as mãos, mas ao mesmo tempo que essa facilidade nos deveria encaminhar na direção de um consumo mais amplo de bens culturais, isto não ocorre como antes. Milhares de pessoas tem, em seus smartphones, listas enormes com milhares de músicas disponíveis ao toque de um dedo! Mas que as ouve por inteiro! Quantas pessoas estão habituadas a escutar um novo trabalho de uma banda em sua completude? As pessoas ouvem uma música, trechos de uma outra, e vão "pulando", aos saltos, em seus celulares, de faixa em faixa, de banda em banda, perdendo a chance de apreciar uma obra por inteiro, algo que proporcionaria a elas um outro tipo de visão sobre o trabalho de uma banda ou músico. Não se trata aqui de achar um culpado ou meramente se afirmar que "antigamente" tudo era melhor, não. Apenas estamos analisando, de uma perspectiva meramente histórica, o desenvolvimento de hábitos e atitudes essenciais para desenvolver hábitos necessários a apreciação de bens de natureza cultural. Devemos analisar a questão sob o ponto de vista estrutural, buscando atitudes necessárias a apreciação estética e emocional de uma obra cultural na sua plenitude. Muitos dos hábitos desenvolvidos no passado, de forma inconsciente, eram importantes, e então, diante disso, os mesmos podem e devem ser resgatados à luz do novo momento e contexto atual. O contexto histórico do passado ajudou a moldar nossa formação, enquanto ouvintes e leitores.

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Assim sendo, como podemos proporcionar as oportunidades necessárias, em novo contexto, as novas gerações? Tudo começa em casa, em lares que oportunizam as crianças o acesso ao consumo de cultura. Mas a coisa não deve parar por aí. A escola tem papel fundamental na formação cultural do indivíduo, criando o acesso, às crianças sem recursos, aos livros, a música, a pintura, enfim, a arte e a cultura em geral! A cultura deve fazer parte do currículo escolar. Precisamos, também, de políticas públicas voltadas a difusão e propagação da cultura, levando o acesso às populações das regiões periféricas dos grandes centros e das pequenas e médias cidades do interior do Brasil. O Estado deve ter esse papel de criar e manter políticas públicas de acesso, preservação e criação de bens culturais. Isso é essencial!

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Somente assim, poderemos difundir e preservar nossa memória, reverenciando o legado das gerações anteriores, verdadeiros desbravadores, nos legando não apenas sua arte e seu talento, mas sobretudo abrindo caminho para as novas gerações de músicos, atores, escritores, ouvintes, enfim, a todos que amam a cultura e a arte!

Fica aqui meu agradecimento a eles, a esses "caras" , aos iniciadores da cena musical e cultural brasileira!

Para encerrar, deixo o link abaixo da excelente entrevista de Nelson Brito, do lendário Golpe de Estado, a Gastão Moreira do canal KZG, como forma de agradecimento aos desbravadores do rock e do metal nacional! Um forte abraço a todos!

Assistir vídeo no YouTube

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Longa vida ao rock!

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Sobre Ricardo Bellucci

Pedagogo, curador educacional, pesquisador, historiador amador, economista por acaso e sobretudo um vocalista frustrado. Um construtor de Utopias.
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