Twisted Sister: "Cultura do cancelamento é uma forma de censura", afirma Dee Snider
Por Emanuel Seagal
Postado em 11 de abril de 2021
Em uma entrevista ao "Banfield" da NewsNation, o líder do TWISTED SISTER Dee Snider, que já foi chamado para testemunhar perante o Senado dos Estados Unidos contra a proposta de colocar rótulos de advertência em álbuns considerados "ofensivos" para o público, falou mais uma vez sobre o politicamente correto na era da mídia social. Questionado sobre sua opinião sobre a cultura do cancelamento, a ideia de que alguém, geralmente uma celebridade ou uma figura pública, cujas ideias ou comentários são considerados ofensivos deve ser boicotado, Dee Snider disse (conforme transcrito pelo BLABBERMOUTH.NET): "É censura, e a censura mudou bastante. Quer dizer, você lembra quando eu estava em Washington testemunhando. A propósito, foi um esforço bipartidário - foram os democratas e os republicanos que se uniram para colocar uma coleira no rock n' roll. Mas era definitivamente uma atitude conservadora - era uma atitude mais conservadora, querer censurar a música. Agora a censura ainda existe, mas foi da direita para a esquerda. Estamos neste mundo do P.C. [politicamente correto] onde temos que ter cuidado com o que dizemos e a quem ofendemos, e isso é algo muito estranho"
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Ele continuou: "Tenho trabalhado nas letra do meu novo álbum, 'Leave A Scar', que sairá em julho, e me peguei questionando as metáforas que estava usando - metáforas. Tipo, onde está a arte sem a metáfora? Onde estão as letras e a escrita sem metáforas? Mesmo assim eu estava pensando, 'Posso dizer isso? Posso dizer isso?' Eu tenho uma música chamada 'In For The Kill', e ela tem todas essas (linhas) metafóricas, 'Fire at will, I'm in for the kill.' (Atire a vontade, eu estou prestes a matar) E eu estava falando sobre ir em frente - apenas ir em frente - mas aqui estava eu me censurando liricamente por causa do atual estado que as coisas estão.
"O que é censura? O que não é censura?" Dee Snider acrescentou. "Cara, eu diria, contanto que você não esteja gritando 'fogo' em um cinema lotado, tá tudo certo."
No ano passado Dee Snider disse ao The Metal Voice do Canadá que um filme como "Blazing Saddles", uma comédia negra satírica americana de 1974 dirigida por Mel Brooks "não poderia ser feito hoje - literalmente não poderia ser feito, porque ofenderia muitos pessoas.
"Eu me lembro de ter visto aquele filme pela primeira vez em um cinema cheio de afro-americanos em um bairro negro em um teatro negro; eu e meu irmão éramos os únicos dois brancos", continuou ele. "E eu estava rindo pra caramba. E meu amigo disse: 'Pare de rir. Vamos apanhar'. E eu olhei ao redor do cinema, e todo mundo estava rindo. Eu disse, 'Todo mundo está rindo.' É engraçado. O que tem graça tem graça.
"É estranho, porque o conservadorismo era totalmente de direita nos anos 80. Agora ele mudou para a esquerda, onde os liberais dizem: 'Oh, você não pode dizer isso, e você não pode dizer isso, e você não pode dizer isso.'
"Então, sim, [a censura] ainda está por aí, ainda é um problema. Mas temos apenas que continuar a resistir e lutar."
Em 1985, o Parents 'Music Resource Center (PMRC), liderado por Tipper Gore, estava tentando introduzir um sistema de advertência aos pais que rotularia todos os discos contendo "material ofensivo". O sistema deveria incluir letras identificando o tipo de conteúdo questionável a ser encontrado em cada álbum (por exemplo, O para temas ocultos, S para sexo, D para drogas, V para violência, etc.), o que resultou no adesivo "Parental Advisory" agora encontrado em novos lançamentos de discos com "conteúdo questionável". O trio formado por Dee Snider, Frank Zappa e John Denver foi chamado ao Congresso para testemunhar em defesa da música.
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