A opinião do guitarrista Gary Moore sobre a queda do nu metal
Por André Garcia
Postado em 19 de setembro de 2022
O rock nos anos 90 começou com o domínio do grunge — que em meados da década deu lugar ao brit pop —, e terminou com a mistura de metal industrial e rap. Batizado nu metal, aquela nova onda foi encabeçada pelo Korn chegando ao topo das paradas com "Follow the Leader" (1998) e "Issues" (1999); e também pelo Limp Bizkit, que chegou ao topo com "Significant Other" (1999) e fez ainda mais sucesso no ano seguinte com "Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water".
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Entretanto, já em meados da primeira década dos anos 2000 aquele novo estilo entrou em baixa, perdendo espaço para a concorrência. Tal trajetória foi observada pelo lendário guitarrista irlandês Gary Moore, que em vídeo disponível no YouTube, na época apontou o motivo da queda do nu metal.
"O rock é cíclico", disse o ex-Thin Lizzy. "Acho que esse lance do nu metal já passou de seu auge agora. Dá para sentir quando um artista [lança] um álbum que não realmente acontece, aí a fundação da coisa meio que começa a ruir. O último disco do Korn não foi muito bem, aparentemente. As pessoas ficaram surpresas, mas aquilo ficou tão saturado por todo tipo de imitadores..."

"Todos os caras que embarcaram naquilo abaixaram a afinação da guitarra e pensaram "Podemos tentar fazer isso". Até porque não é lá tecnicamente muito difícil tocar a maioria daquelas coisas. Tinha muitos aspirantes, copiadores e tudo. Acho que as pessoas ficaram de saco cheio daquele tipo de som. [Atualmente] está mais para o som de garagem, tipo White Stripes, Yeah Yeah Yeahs, e tal. Mudou... mas ainda assim é rock, o que é bom! Ainda é baseado na guitarra", concluiu.

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