Paul McCartney criticou Michael Jackson por uso de músicas dos Beatles em comerciais
Por André Garcia
Postado em 11 de janeiro de 2023
Paul McCartney e Michael Jackson se aproximaram no começo dos anos 80, e logo se tornaram mais que grandes amigos, parceiros musicais. O baixista agia de forma quase que paternal com o Rei do Pop, por saber bem o que ele sofria com a fama.
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Em 1985, no entanto, a amizade deu uma guinada para um dos maiores casos de trairagem da música pop. Após McCartney dar a Jackson a ideia de investir na aquisição de direitos autorais de outros artistas, Jackson decidiu comprar os dos Beatles — que McCartney tanto queria recuperar. A amizade morreu ali. Segundo conta o baixista, no entanto, a compra em si não foi o que mais o incomodou.
Ao adquirir o catálogo, Michael não tardou a ceder músicas para campanhas publicitárias por verdadeiras fortunas. O maior exemplo foi o uso de "Revolution" em um comercial da Nike, nos anos 80.
Em entrevista de 1989 disponível no YouTube, o ex-beatle contou que aquilo violava uma decisão da banda, cujo consenso era de que exploraria financeiramente seus fãs.
"Em nosso caso, a questão era que nós jamais fazíamos comerciais. E olha que recebemos grandes propostas de uma certa empresa de refrigerante. Mas a gente pensava 'Não, isso estragaria a coisa'. Aquilo acaba tirando vantagem das pessoas que gostam dos Beatles. Elas vão ficar, tipo, 'Poxa cara, é 'Revolution!'' Elas vão sentir alguma coisa por aquilo, sabe? A gente estava naquela de nos mantermos na resistência aos comerciais. Acontece que nossas músicas estão sendo veiculadas em comerciais agora, o que não me agrada, porque estraga um pouco a coisa para mim."
Beatles
Pioneiro, John Lennon formou o The Quarrymen em 1956 — ano do lançamento do álbum de estreia de Elvis Presley, considerado o marco zero do rock. Paul McCartney se juntou a ele em 58, George Harrison em 59. Após trocar de nome várias vezes, em 1960 a banda adotou o definitivo: The Beatles.
Em ascensão então sem precedentes, eles conquistaram Liverpool em 62, a Inglaterra em 63 e os Estados Unidos e o mundo em 64, o ano da beatlemania. Após serem apresentados à maconha por ninguém menos que Bob Dylan, em meados da década o quarteto deu uma guinada em sua carreira, se afastando das canções pop e buscando fazer algo mais maduro.
Ao abandonar os shows ao vivo em 1966 — que, cada vez mais caóticos, chegaram a colocar a vida de seus membros em risco —, os Beatles puderam se dedicar integralmente às gravações. Com álbuns como "Revolver" (1966) e "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" (1967), eles atingiram seu auge criativo abusando de instrumentos exóticos, experimentações sonoras e inovadoras técnicas de gravação. Não é por acaso que o "Sgt. Pepper's…" está entre os álbuns mais vendidos de todos os tempos.
Com o "White Album" (1968), por outro lado, eles já davam sinais de crescerem em direções diferentes, perdendo a unidade e coesão. A partir dali, cada vez mais a banda ficou pequena para os quatro. Insatisfeitos, para poderem fazer o que realmente queriam, tiveram que seguir caminhos separados, o que aconteceu após a gravação de "Abbey Road" (1969). O "Let it Be" (1970) já foi lançado como um trabalho póstumo.
Apesar de terem encerrado sua trajetória há mais de meio século, os Beatles seguem conquistando a novas gerações, e até hoje permanecem entre os nomes mais populares da música.
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