Tom Morello responde sobre ser socialista e assinar com uma grande gravadora
Por André Garcia
Postado em 13 de fevereiro de 2023
O Rage Against the Machine surgiu no começo dos anos 90, logo se destacando por não seguir as tendências, ao invés disso fazendo um inconfundível e contagiante rap rock politicamente engajado.
Em 1993, então aos 29 anos, o guitarrista Tom Morello caía na estrada para promover o álbum de estreia da banda, autointitulado. Entre um show e outro, ele deu uma entrevista para o crítico musical Marc Allan, disponível no YouTube pelo canal The Tapes Archives. Entre outras coisas, o guitarrista foi questionado sobre ser socialista e assinar contrato com uma grande gravadora.
Marc Allan: Você se descreve como um músico de rock socialista. Pode um músico de rock socialista fazer música em uma grande gravadora?
Tom Morello: [Risos] Com certeza! Isso obviamente não foi um acidente, foi parte da estratégia. Não tenho ilusões elitistas sobre a pureza romântica dos selos independentes. O que estamos tentando é fazer algo que nenhuma banda independente já fez, que é substantivamente afetar o sustentáculo do poder, conforme ele afeta nosso público. Para conseguir isso, decidimos levantar velas para alcançar os garotos revoltados de Praga a Belfast, a Indianápolis.
Formado com honras em ciência política pela Universidade de Harvard, Tom Morello é quase tão conhecido como ativista de esquerda quanto como músico. Em suas letras, o Rage Against the Machine apoiava movimentos de guerrilha, como o zapatismo, e no Brasil ele já demonstrou apoio ao MST e à reforma agrária, bem como à candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.
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