A opinião de Eddie Van Halen sobre Kurt Cobain como músico em 1995
Por André Garcia
Postado em 10 de outubro de 2023
Em 1995, o Van Halen lançou "Balance" — seu décimo álbum de estúdio, sendo o quarto (e último) com Sammy Hagar no vocal. Paralelamente, um ano após o suicídio de Kurt Cobain, o grunge já dava claros sinais de declínio. O punk rock do Offspring e do Green Day já dominavam o rock nos Estados Unidos, e o britpop de Oasis e Blur já dominavam a Inglaterra.
Em meio a tudo isso Eddie Van Halen foi entrevistado pela Rolling Stone. A entrevista visava promover seu novo disco, mas em dado momento o assunto foi Kurt Cobain. Ao ser questionado sobre o que achava do frontman do Nirvana, ele respondeu...
"Não importava o quão bom ou ruim ele fosse — era seu sentimento o que me tocava. Não tinha nenhuma proficiência técnica, mas isso não importava. Eu amava sua voz e suas músicas. Aquilo vinha do coração dele. Era real."
Eddie falou sobre Cobain também em outro momento da entrevista, quando as drogas entraram em pauta. Após dizer que jamais usou drogas injetáveis porque "tinha muito medo", foi questionado sobre "a nova geração de músicos que usavam heroína".
"Acho que isso se reflete na música que está saindo hoje em dia. Na Europa, o pessoal não entende todo esse rock deprê. Eles nos perguntam a cada entrevista 'O que é essa coisa depressiva, grunge?' Eles não entendem nada. Bem, se é assim que você se sente, tudo bem, mas eu não acho que as coisas estejam piores do que quando eu era jovem. Tem certas bandas que até reclamam de fazer música. Pô, se isso é um problema, não faça! Por mais que eu amasse a música que Kurt Cobain fez, e por mais triste que seja que ele não esteja mais conosco… não consigo deixar de pensar que se o que você está fazendo te levou a se matar, era melhor ter parado de fazer. Não vale a pena. Fique em casa e faça música no seu quarto para você mesmo."
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