O clássico do RPM que inicia com som de correntes batendo em lata de lixo
Por Gustavo Maiato
Postado em 08 de abril de 2024
Se hoje em dia é muito simples recriar sons com softwares avançados e inseri-los nas músicas, antigamente as coisas não eram tão fáceis. Um exemplo disso aconteceu com a banda RPM no clássico "Revoluções Por Minuto", do álbum de estreia de mesmo nome de 1985.
No início e no final da faixa, é possível ouvir um som diferente, mas como será que o RPM fez para criar esse som e registrar no vinil? É o que explica Fabrício Mazocco, do canal Enigmas do Rock.
"A banda estava gravando seu primeiro álbum, e o produtor Luís Carlos Maluly sentiu que faltava algo na faixa. Ele saiu do estúdio, desceu até uma loja de ferragens próxima, comprou algumas correntes e uma lata de lixo de alumínio. De volta ao estúdio, ele pendurou as correntes na lata de lixo e começou a deixá-las cair enquanto eram gravadas pelo microfone. Assim, o som que você está ouvindo é o som das correntes batendo na lata de lixo de alumínio".
Como o RPM compunha as músicas?
O guitarrista do RPM, Fernando Deluqui, comentou em entrevista ao Vrocks, como eram as sessões de composição da banda.
"A composição das canções partia do Paulo Ricardo. Ele chegava aos ensaios com algo no violão já e falava: ‘Que tal isso?’. Lembro que aconteceu isso com ‘Louras Geladas’. Nós saíamos tocando do nosso jeito em cima. Geralmente era assim. No primeiro ensaio, ainda sem o P.A, lembro de tocarmos ‘Revoluções Por Minuto’ e ‘Entre a Cruz a Espada’. As letras eram do Paulo, que era um jornalista e tinha estudado essa coisa do texto. Cada um tinha uma função e funcionou super bem. Depois, no segundo e terceiro disco, passei a dar mais pitaco. O Luiz Schiavon e o Paulo Ricardo tinham um acordo. Começou como afinidade, depois das brigas virou acordo! [risos]".
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