RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

A situação assustadora que originou um dos grandes clássicos do Alice in Chains

O Jim Morrison que Roger McGuinn viu de perto, longe do mito do "Rei Lagarto"

Filhos de líderes do Kiss anunciam o projeto Stanley Simmons

A opinião de David Ellefson sobre a icônica linha de baixo de "Peace Sells"

A pior faixa do controverso "St. Anger", segundo o Heavy Consequence

30 clássicos do rock lançados no século XX que superaram 1 bilhão de plays no Spotify

Os maiores guitarristas britânicos de todos os tempos, segundo Billy Gibbons

A banda de progressivo que era os "filhos dos Beatles", segundo John Lennon

A música de Frank Sinatra que é a favorita de Paul McCartney dos Beatles

Metallica x Megadeth: Kerry King escolhe sua favorita e explica o motivo

Haverá novo álbum do Van Halen com membros clássicos? Wolfgang explica

O único que pode ser tão reconhecível quando B. B. King, segundo Joe Bonamassa

O importante encontro do Iron Maiden com a MTV que quase ninguém cita

A melhor música de cada disco do Megadeth, segundo o Heavy Consequence

A música do Queen que Freddie Mercury só tocava no "piano errado"


Grave Digger
ACDC 2026

Paulo Ricardo reflete sobre drogas: "Como você conversaria com seus filhos sobre?"

Por
Postado em 18 de outubro de 2025

Em entrevista ao canal da Trip, o cantor Paulo Ricardo fez um dos relatos mais sinceros e reflexivos de sua carreira ao abordar a relação de sua geração com as drogas - em especial, a cocaína, símbolo de uma época em que o glamour e a falta de informação se misturavam à rebeldia do rock.

O papo começou quando o apresentador trouxe o tema à mesa e contou uma experiência pessoal: havia conversado sobre cocaína com seus filhos adolescentes, nascidos nos anos 2000, e ficou surpreso com o interesse e a curiosidade deles sobre o assunto. "Eles queriam saber o que era exatamente essa merda", contou o entrevistador.

RPM - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1
Foto: Gustavo Maiato
Foto: Gustavo Maiato

Ele então relatou ter explicado da forma mais honesta possível, sem rodeios: "Eu tenho vários amigos que morreram por causa da cocaína. Eu tenho uma cadernetinha antiga de telefones, daquelas que a gente usava nos anos 80, com vários nomes riscados - pessoas que morreram por overdose, por complicações da dependência química, ou que simplesmente se inviabilizaram socialmente."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

O apresentador concluiu dizendo que, à época, ninguém sabia o grau de destruição da droga: "Parecia legal, interessante. Tinha uma coisa de euforia, um certo glamour. Era a geração dos yuppies, do pessoal que ganhava dinheiro em Wall Street, e nós aqui, meio otários, olhando praquele canto da sereia."

A partir daí, Paulo Ricardo fez uma profunda reflexão sobre o contexto histórico da época e sobre como sua geração encarava as drogas de modo quase "ingênuo", antes de a consciência sobre o vício e seus efeitos se consolidar.

"Tudo na vida tem um contexto. Quando nós - e fico feliz de poder falar 'nós', porque temos a mesma idade - éramos adolescentes, víamos nossos ídolos e líamos poetas como Blake e Rimbaud, que falavam sobre os paraísos artificiais. Pra nós, aquilo era um mistério, uma travessia mística que parecia revelar algo maior", contou o cantor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Paulo Ricardo e as drogas

Segundo ele, essa busca fazia parte de um imaginário de liberdade e autodescoberta que definia a juventude dos anos 1970 e 1980. "Não havia essa consciência. Era como ver filmes antigos em que o médico operava fumando cigarro. Hoje parece absurdo, mas na época era normal. Metade do avião podia fumar, imagina isso. Era outra cabeça", comparou.

Paulo ainda afirmou que, naquela época, o uso de drogas era visto como uma forma de experimentação e até de elevação artística - não como um problema de saúde pública: "Nós estávamos na pré-história da droga. Não se falava de tráfico, não se falava de dependência como hoje. Era uma coisa que parecia libertária. 'Põe um LSD aí, experimenta'. A gente tinha 13, 14 anos. Não estou dando desculpa, só contextualizando: para a nossa geração, era muito mais uma questão de liberdade do que de crime."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

O cantor, que viveu intensamente o auge do rock brasileiro nos anos 1980 com o RPM, lembrou que o uso de drogas também estava associado à imagem de sucesso: "Havia uma euforia no final dos anos 70, uma sensação de que as drogas estavam ligadas ao sucesso, ao acesso, a um certo glamour. Uma ilusão total, que poucos anos depois se transformou em crime organizado."

Mesmo sem cair em moralismos, Paulo Ricardo foi direto ao ponto ao avaliar o impacto da experiência: "Não vou ser moralista, acho perda de tempo. Tendo passado por isso, posso dizer: é perda de tempo. Você fica ali, vendo Cartoon Network na larica e esperando uma iluminação que nunca vem. Eu não posso dissociar as experiências que vivi, mas hoje, com o distanciamento, entendo que faz parte de um período de experimentação. Só que eu não recomendo."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Para ele, a juventude é naturalmente uma fase de testes - mas hoje há informação suficiente para evitar erros do passado: "Na juventude, a gente experimenta de tudo: sexualmente, na alimentação, nos esportes. As drogas fazem parte desse cardápio da vida. Mas nós vivemos uma época em que não se sabia o que era isso. Assim como vivemos antes da cultura fitness, sem saber que todo mundo precisava se exercitar, ou antes de saber que fumar fazia mal. Agora a gente já sabe. Então, se você quiser se drogar, é por sua conta e risco. Se não quiser, problema seu. Em nossa defesa, nós não sabíamos. Parecia uma coisa muito legal na época."

Confira a entrevista completa abaixo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeLuis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Gustavo Maiato

Jornalista, fotógrafo de shows, youtuber e escritor. Ama todos os subgêneros do rock e do heavy metal na mesma medida que ama escrever sobre isso.
Mais matérias de Gustavo Maiato.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS