Como funcionavam as seções de composição dentro do RPM, segundo Fernando Deluqui
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de janeiro de 2024
Fernando Deluqui (gutiarrista), Paulo "P.A" Pagni (baterista), Luiz Schiavon (tecladista) e Paulo Ricardo (baixista e vocalista) integravam a formação clássica do RPM, banda de rock que ganhou o Brasil nos anos 1980.
Em entrevista ao Dinho Vrocks, Deluqui explicou como Paulo Ricardo e Luiz Schiavon protagonizavam as seções de composição do RPM, sendo que o vocalista também era o grande responsável pela criação das letras.
"A composição das canções partia do Paulo Ricardo. Ele chegava aos ensaios com algo no violão já e falava: ‘Que tal isso?’. Lembro que aconteceu isso com ‘Louras Geladas’. Nós saíamos tocando do nosso jeito em cima. Geralmente era assim. No primeiro ensaio, ainda sem o P.A, lembro de tocarmos ‘Revoluções Por Minuto’ e ‘Entre a Cruz a Espada’. As letras eram do Paulo, que era um jornalista e tinha estudado essa coisa do texto. Cada um tinha uma função e funcionou super bem. Depois, no segundo e terceiro disco, passei a dar mais pitaco. O Luiz Schiavon e o Paulo Ricardo tinham um acordo. Começou como afinidade, depois das brigas virou acordo! [risos]".
Como foi o começo do RPM?
Paulo Ricardo, em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, compartilhou a origem da formação da banda RPM nos anos 1980. Inicialmente, ele e o tecladista Luiz Schiavon consideraram a ideia de formar um duo, inspirados pelo estilo do Eurythmics. No entanto, devido aos altos custos de equipamentos como teclados e computadores na época, optaram por criar uma banda convencional, incluindo guitarra e bateria. A entrada do guitarrista Fernando Deluqui ocorreu quando Schiavon o conheceu enquanto tocava com May East, da Gang 90 e as Absurdettes.
A busca por um baterista levou-os a Charles Gavin, então no Ira!. Apesar das dificuldades iniciais, conseguiram convencê-lo a se juntar ao RPM. No entanto, após dois meses, Gavin deixou o grupo devido a divergências e, posteriormente, tornou-se baterista dos Titãs. André Jung, que havia previamente visitado a casa/estúdio da banda, também acabou envolvido na troca de bateristas entre Titãs e Ira!, deixando o RPM sem um baterista quando fecharam contrato com a Sony.
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