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Por Gustavo Maiato
Postado em 13 de dezembro de 2024
John Entwistle, baixista do The Who, nunca escondeu sua insatisfação com o trabalho em "Who’s Next". O álbum, amplamente aclamado, foi um ponto de tensão para o músico, que sentiu sua criatividade limitada. Sob a direção do produtor Glyn Johns, ele precisou ajustar seu estilo característico. "Eu o fiz tocar de uma maneira mais regular e controlada. Era o que o material pedia", explicou Johns. Os trechos de entrevista foram compilados pela Far Out.
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Entwistle não gostava do resultado. "Eu odiava trabalhar no álbum", afirmou. Ele considerava que seu baixo, geralmente ousado e intrincado, ficou mais contido do que gostaria. Mesmo assim, "Who’s Next" produziu canções icônicas como "Baba O’Riley" e "Won’t Get Fooled Again". Para o produtor, o sacrifício foi necessário. "Foi difícil fazer todos – incluindo Roger Daltrey – enxergarem o panorama maior, mas acho que ninguém pode dizer que o álbum não faz justiça à banda."
A frustração com as limitações criativas não era nova para Entwistle. Ele tinha uma opinião ainda mais negativa sobre a música "Magic Bus". "Realmente odiava tocar Magic Bus. Era como oito minutos de uma única nota. Em algumas gravações, parece que eu caio no sono", desabafou.
Apesar das discordâncias, Entwistle seguiu deixando sua marca em canções que valorizavam mais sua habilidade técnica, como "The Real Me", do álbum "Quadrophenia’, e "Boris the Spider", de "A Quick One". Mesmo nas circunstâncias menos favoráveis, seu papel na banda era indispensável.
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