A lenda do blues que Eric Clapton confessou ter "copiado" a vida toda
Por André Garcia
Postado em 03 de julho de 2025
Há entre os grandes guitarristas do rock aqueles que basta ouvir por alguns segundos para você reconhecer quem é que está tocando: Jimi Hendrix, Slash, Brian May, Jeff Beck, Eddie Van Halen, Eric Clapton… cada um deles pode ser considerado um dos nomes mais influentes do rock.
E não só dá para identificar esses guitar heroes de cara como ainda fica claro quando tem alguém tentando soar como algum deles.
Eric Clapton - Mais Novidades

Nenhum homem é uma ilha, no entanto, e mesmo o mais influente dos artistas se inspirou em alguém, e deu seus primeiros passos tentando copiar seus ídolos.
No caso de Eric Clapton, uma das maiores autoridades do blues entre os vivos, nomes como B.B King, Muddy Waters e Robert Johnson eram seus ídolos. Podemos acrescentar a essa lista também Freddie King.
Conforme publicado pela Rock and Roll Garage, em entrevista para Hege Duckert em 1989 Clapton foi sincero.
"Foi assustador, mas incrivelmente empolgante conhecer os velhos músicos de blues. Tudo o que eu conseguia fazer era tocar como eles. Especialmente caras como o Freddie King. Passei a vida inteira copiando ele… até que, de repente, ele estava lá no palco comigo. O que eu podia fazer? Foi aí que ficou realmente difícil criar algo que fosse meu."

"Foi para mim tipo uma formação acadêmica, de certa forma — como estar na escola — para descobrir onde tudo começou: o blues. Eu voltava ao Muddy Waters, a todos os artistas que vieram do Mississippi, de Chicago, e tentava estudar e assimilar cada aspecto do blues. Para mim, o que torna fascinante tocar guitarra é o blues, o rhythm & blues e o rock n roll. Não tem um disco com alma que não tenha bebido na fonte do blues."

Eric Clapton dividiu o palco com Freddie King nos anos 70. Não só isso, como o Slow Hand ainda ajudou seu ídolo a assinar um contrato com a RSO Records — onde ele lançou "Burglar" (1974), cuja faixa "Sugar Sweet" conta com a participação especial de Clapton.
Tragicamente, acabou que aquele foi o penúltimo disco de King, que morreu aos 42 anos em 1976.

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps