O hit do Blur cuja letra irritou produtor por fazer alusão a heroína
Por André Garcia
Postado em 16 de agosto de 2025
Após dominar o rock inglês (ao lado do Oasis) em 1994 e se consolidar nos anos seguintes, em 1997 o Blur gozava o auge de sua popularidade. Gozava também de outras coisas trazidas pela fama, como a sedução das drogas.
Blur - Mais Novidades
Naquele ano, seu quinto álbum de estúdio, autointitulado, ajudou a expandir seu sucesso (inicialmente mais restrito à Inglaterra) ao restante do mundo com seu maior hit: "Song 2". Outro grande single de sucesso dele foi "Beetlebum":
"Song 2" e "Beetlebum", aliás, segundo o site setlist.fm, foram a quinta e sexta música mais tocada pela banda ao vivo, respectivamente.
O refrão da segunda diz "Quando me deixa deslizar, ela me excita e toda a minha violência se vai: nada é errado", o que pode até ser considerado romântico (ou mesmo ligeiramente erótico). Mas a verdade é que a letra fala sobre heroína. Conforme publicado pela Far Out Magazine, o vocalista Damon Albarn já confessou: "'Beetlebum' é basicamente sobre drogas. Eu não tenho certeza do que é 'Beetlebum'. É só uma palavra que eu cantei quando toquei a música para mim mesmo. Perguntei aos outros se deveria mudar, mas eles disseram que não. Como nos parecia certo, decidimos não mexer (como já fizemos no passado)."
O produtor Stephen Street, que iniciou sua carreira no começo dos anos 80, já havia acompanhado de perto como a heroína destruía vidas e carreiras. Quando Albarn apareceu com aquele assunto, ele não achou a menor graça, como contou à revista Q: "Certa noite, estávamos em Reykjavik e tínhamos bebido um pouco, quando Damon começou a falar sobre andar usando heroína. Eu não estava achando a menor graça. Ele ficou um pouco chateado por eu ter me ofendido com aquilo. Lembro-me de ter me afastado um pouco por ter ficado chateado com ele. Ele estava meio que se vangloriando sobre aquilo, e eu disse 'Não acho isso muito inteligente, basicamente.' Houve um clima meio tenso naquela noite."
Felizmente, Damon Albarn foi um dos (poucos) artista que atravessaram um período de consumo de heroína sem ter tido a carreira (ou a vida) afetada (ou até mesmo destruída) pela droga. Em entrevista também à Q, em 2014, ele mostrou cautela ao abordar o assunto, mas não demonstrou arrependimento: "A heroína me libertou. Eu odeio falar sobre isso por causa da minha filha, da minha família… mas, para mim, foi incrivelmente criativo."
Recentemente, ao The Guardian, ele foi mais contundente: "A heroína é uma coisa muito cruel, que realmente transforma você em uma pessoa muito isolada. E, em última análise, qualquer coisa da qual você seja verdadeiramente dependente não é boa."
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
Bruno Sutter aposta alto e aluga o Carioca Club para celebrar 50 anos de Iron Maiden em São Paulo
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo o lendário Joey Ramone
"Estou muito feliz pela banda e por tudo que conquistamos", afirma Fabio Lione
A música inspirada em Soundgarden que virou um hit do Metallica - não é "Enter Sandman"
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
Guns N' Roses fará 9 shows no Brasil em 2026; confira datas e locais
Megadeth anuncia mais datas da turnê de despedida
A melhor banda de rock progressivo de todos os tempos, segundo Geddy Lee
Vocalista original diz que não voltará ao Arch Enemy; "O mistério continua"
Kiko Loureiro diz o que o levou a aceitar convite para reunião do Angra no Bangers Open Air
Os cinco maiores guitarristas de todos os tempos para Neil Young
"Fui assistir a um show do Angra e aquilo me motivou a montar uma banda", diz Aquiles Priester
Com mais de 160 shows, Welcome to Rockville anuncia cast para 2026
Bangers Open Air acerta a mão mais uma vez e apresenta line-up repleto de opções
A crítica de fã a Bruno Sutter que foi tão embasada que ele aceitou e mudou postura
A frustração de Raul Seixas que não incomodava Renato Russo: "Não é essa a questão"
O hit do Blur cuja letra irritou produtor por fazer alusão a heroína
Lars Ulrich, do Metallica, monta time de futebol fictício apenas com músicos



