Por que Titãs não aderiu ao boicote contra o Rock in Rio em 2001? Sérgio Britto explica
Por Gustavo Maiato
Postado em 20 de setembro de 2025
O Rock in Rio 2001, terceira edição do festival, ficou marcado não apenas pelos grandes shows internacionais, mas também pelo boicote de seis bandas brasileiras. O Rappa, Cidade Negra, Raimundos, Charlie Brown Jr, Skank e Jota Quest se recusaram a tocar no evento, alegando condições desiguais em relação às atrações estrangeiras.
Na época, segundo apuração do site de Igor Miranda, as críticas não se limitavam ao cachê - que era baixo, se comparado a nomes do pop nacional como Sandy & Junior - mas principalmente à falta de estrutura e ao tratamento diferenciado para as bandas gringas. O Rappa chegou a ter o horário de show antecipado para as 18h, sem direito a passagem de som, e decidiu abandonar o line-up. Em seguida, as demais bandas aderiram ao protesto em apoio ao grupo.


No entanto, uma das maiores formações do rock brasileiro, os Titãs, não aderiu ao movimento. Em entrevista recente ao podcast Desculpincomodar, o tecladista e vocalista Sérgio Britto explicou a postura da banda naquele momento. "A gente não foi dos que se revoltaram. Quem se revoltou foram O Rappa e, acho, os Raimundos. A gente já era mais velho e falou: 'Isso aí não vai dar em nada'."

O boicote ao Rock in Rio
O episódio de 2001 resultou em buracos na programação do Rock in Rio, que foram preenchidos de última hora. Curiosamente, todas as bandas que boicotaram acabaram voltando a tocar em edições seguintes - com exceção d'O Rappa.
Marco Soares, produtor do Jota Quest, comentou em entrevista à Folha (via Igor Miranda): "A organização do festival não estava conduzindo a produção como deveria. Não tinha definição de horários, ordem de apresentação das bandas e de utilização de equipamentos. O tratamento desigual vai desde o horário da passagem de som até o horário de apresentação."

Confira a entrevista completa abaixo.

Rock In Rio 2001
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