O cantor que Jimmy Page descreveu como "nota perfeita": "Ele faz de primeira"
Por Gustavo Maiato
Postado em 05 de setembro de 2025
Após o fim do Led Zeppelin, em 1980, Jimmy Page viveu um dos períodos mais delicados de sua carreira. A morte de John Bonham não apenas encerrou abruptamente a trajetória de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, como também deixou o guitarrista diante do dilema de como seguir adiante sem que cada passo fosse comparado ao legado do Zeppelin.
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Naquele momento, enquanto Robert Plant buscava se distanciar do passado, Page decidiu apostar em uma nova formação. Se o Led já havia sido um supergrupo em essência, por que não criar outro? Para isso, ele tinha um nome certo na cabeça: Paul Rodgers, vocalista do Free e do Bad Company, banda que havia sido empresariada pelo próprio Led Zeppelin através do selo Swan Song.
Jimmy Page e Paul Rodgers
A parceria não demorou a acontecer. Depois de alguns shows juntos, Page ficou impressionado com a precisão e a potência da voz de Rodgers. Em entrevista, recordou: "No fim da turnê, perguntei se ele queria continuar e fazer algo a mais, porque eu realmente amo o jeito que ele canta. Ele é um cantor brilhante. Se eu faço um solo de guitarra, preciso aquecer e gravar três vezes. Ele faz de primeira – nota perfeita. Sem problema! É um homem incrível." A entrevista foi resgatada pela Far Out.

O diferencial de Rodgers, segundo Page, era soar autêntico, sem tentar imitar Robert Plant. Enquanto a futura colaboração com David Coverdale renderia comparações com o vocalista do Led Zeppelin, a voz grave e áspera de Rodgers dava uma identidade própria ao projeto, especialmente em faixas como "Radioactive".
A banda resultante, The Firm, lançou dois discos na década de 1980 – o autointitulado de 1985 e "Mean Business" (1986). Apesar de contar com momentos marcantes, o grupo nunca teve a pretensão de substituir o Zeppelin. Para Page, mais do que um parceiro musical, Rodgers foi um aliado em um momento de recuperação pessoal e profissional. "Ele não estava ali apenas como um grande cantor, mas como um amigo em quem eu podia confiar. Isso foi essencial para mim naquela fase", destacou o guitarrista.

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