Baterista reflete sobre álbum controverso do Judas Priest
Por João Renato Alves
Postado em 01 de setembro de 2025
Seria um equívoco dizer que "Nostradamus" (2008) foi um álbum que dividiu os fãs do Judas Priest. A verdade é que a maior parte do público reprovou a iniciativa da banda ao tentar abordar a vida do suposto profeta em um disco de rock/metal. Em entrevista ao The Classic Metal Show, o baterista Scott Travis revelou estar ao lado dos descontentes.
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"Acho que dependeria de com quem você fala na banda. (Risos) Não acho que foi o nosso lançamento mais forte. A ideia era buscar algo que pudesse ser mais do que apenas uma banda de rock fazendo um álbum de rock, lançando-o e saindo em turnê. Em outras palavras, era para ser algo que talvez pudesse ter se transformado em algum tipo de espetáculo teatral ou em uma produção maior. Não tenho certeza. Só me lembro de ouvir falar sobre a ideia inicial de fazer um álbum baseado na vida de Nostradamus e coisas do tipo."
A saída do guitarrista K.K. Downing, que aconteceu logo após a turnê, também influenciou o ambiente. "Era o fim da relação colaborativa entre ele e Glenn (Tipton, outro guitarrista). O ambiente já estava fraturado. Dava para perceber que não iria durar muito. Não que eu soubesse que iria culminar em uma separação, mas certamente não havia um grupo, uma unidade ali."

Por conta da proposta, "Nostradamus" contou com uso extensivo de teclados (tocados por Don Airey, do Deep Purple), orquestrações e corais. Como Scott ressaltou, a proposta era tocá-lo na íntegra em espetáculos teatrais, contando com dramatizações. Porém, acabou não acontecendo. Chegou ao Top 10 no Canadá, Alemanha, Finlândia e Suécia. Ganhou disco de ouro na Rússia.

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