O melhor riff de guitarra de Jimmy Page no Led Zeppelin, segundo Robert Plant
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de outubro de 2025
Ao longo da história do Led Zeppelin, a combinação entre Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham transformou a banda em uma força quase imbatível do rock. Cada integrante parecia operar em um nível acima dos demais músicos de sua geração - e, segundo o próprio Plant, o auge criativo de Page pode ser ouvido em uma das faixas mais intensas e ousadas do grupo: "In My Time of Dying", do álbum "Physical Graffiti" (1975).
Em entrevista concedida em 1980 ao jornalista Tony Bacon (via Far Out), o vocalista revelou qual considera o momento supremo do guitarrista dentro do Led Zeppelin: "Ela [a música] vai se estendendo, mas é um blues de slide todo desajeitado, cru - direto do topo."


A canção, com mais de 11 minutos de duração, nasceu de uma antiga gravação de Blind Willie Johnson dos anos 1920, intitulada "Jesus Make Up My Dying Bed". A faixa ganhou nova vida décadas depois, quando Bob Dylan a reinterpretou em seu álbum de estreia. O Led Zeppelin, por sua vez, levou a canção a outro nível - transformando-a em um épico de blues elétrico e visceral, conduzido pela guitarra incendiária de Page.

O solo e as passagens de slide do guitarrista se tornaram um verdadeiro estudo de espontaneidade e intensidade. Boa parte do trecho final foi improvisada em estúdio, revelando o instinto quase telepático entre os quatro músicos.
Para Plant, aquele registro resume a genialidade de Jimmy Page: "É um blues que vai se desfazendo e se reconstruindo a cada instante. Aquele som saiu direto do coração dele, das mãos dele. É puro Led Zeppelin."

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