As três linhas de baixo favoritas de Flea, do Red Hot Chili Peppers
Por Bruce William
Postado em 23 de novembro de 2025
Flea sempre deixou claro que o jeito como ele toca baixo no Red Hot Chili Peppers nasceu de uma mistura pouco óbvia: punk, funk, soul, jazz e o que mais aparecesse no caminho. Não surpreende que, quando alguém resolveu puxar no Twitter aquela velha corrente de "cite suas linhas de baixo favoritas", ele tenha ido direto em referências que fogem do óbvio rock de rádio.
Ao responder à questão, Flea não fez discurso longo nem justificativa técnica. Mandou só três títulos, secos: "Flash Light" (Parliament), "Ramble On" (Led Zeppelin) e "Journey in Satchidananda" (Alice Coltrane). Em poucas palavras, ele entregou um pequeno mapa das influências que ajudaram a formar o seu próprio estilo, indo do funk pesado dos anos 70 ao lado mais espiritual do jazz, passando pelo hard rock britânico.
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"Flash Light", lançada em 1977 no álbum "Funkentelechy Vs. the Placebo Syndrome", é uma aula de groove do Parliament (youtube). A linha criada por Bootsy Collins no baixo sintetizado fica o tempo todo empurrando a música pra frente, com notas repetidas, variações sutis e aquele pulso contínuo que faz a faixa andar. É o tipo de construção rítmica que ajuda a entender de onde vem a base funkeada de tantas linhas do próprio Flea, mesmo quando ele está tocando em contextos bem diferentes.
Já "Ramble On", do Led Zeppelin (youtube), saiu em 1969 no disco "Led Zeppelin II" e mostra outro tipo de abordagem. A faixa começa mais contida, com violão e clima quase intimista, mas a linha de John Paul Jones vai costurando a harmonia com frases cheias de movimento. Quando a música cresce, o baixo acompanha as mudanças de dinâmica sem perder fluidez, preenchendo espaços sem atropelar guitarra e voz. É um bom exemplo de como o instrumento pode ser melódico e ainda assim segurar o peso.
A terceira escolha, "Journey in Satchidananda", dá outra guinada. Lançada em 1970 no álbum homônimo de Alice Coltrane (youtube), a música tem atmosfera contemplativa, com harpa, instrumentos de origem indiana e um clima que se aproxima do jazz espiritual. A linha de baixo não aparece para "chamar atenção", mas para criar sensação de movimento constante, quase hipnótico, mantendo o corpo da faixa enquanto o resto da banda viaja por cima. É um tipo de uso do instrumento bem diferente do funk e do rock, mas que também ajuda a entender o interesse de Flea por texturas mais abertas e repetitivas.
No fim, a lista escolhida por Flea junta três formas bem distintas de usar o baixo: como protagonista do groove, como fio melódico dentro do rock e como sustentação discreta em uma viagem jazzística. Para quem costuma ouvir o trabalho dele só pelos discos do Red Hot Chili Peppers, essas três faixas funcionam como uma boa porta de entrada para rastrear de onde vieram muitas das ideias que ele levou para o próprio som.
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