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Max Cavalera: A história de suas raízes sangrentas

Por Aloysio França
Fonte: MEGALOMANIA
Postado em 06 de dezembro de 2013

É incontestável a importância de Max Cavalera para o desenvolvimento do Heavy Metal nacional. Ele esteve presente no alvorecer da cena brasileira, e se destacou nesse meio. Passou com sua banda pelo processo de internacionalização, e em meio a grandes nomes do Metal mundial, se destacou também. Deixou fluir seu lado artístico e experimental em um gênero no qual pode ser condenável a prática de tamanhas ousadias, e acabou gerando tendências pelo mundo. Foi iconizado. Envolveu-se em brigas familiares, alcoolismo e polêmica. E agora, em um momento do maior tranquilidade, resolveu contar ao mundo a história de sua agitada vida, através do livro "My Bloody Roots".

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É interessante conhecer a versão de Max sobre a sua própria vida, sem estar sob a influência de perguntas capciosas da mídia, como de costume. No decorrer da leitura, muitos detalhes pertinentes e curiosidades são revelados, como o fato de ele ter sido batizado no vaticano, ou o impacto que a morte de seu pai causou em sua vida, transformando um garoto estudioso e feliz em um jovem com ódio transbordando, além do drama do dia fatídico da morte de Dana Wells.

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"My Bloody Roots" foi construído com uma seleção de estórias que relatam desde a infância do pequeno Massimiliano até os dias atuais. Admito que não gosto de tudo o que já foi criado em sua carreira musical, e creio que isso seja compreensível, pois estamos falando de um músico que passeia por diversos ambientes diferenciados quando se trata de composição. Mas respeito sua figura e o que ela representa, acima de qualquer outro nome aqui nas nossas terras tropicais. Max foi o baluarte da popularização do Metal nacional nos anos 80, e graças às suas atitudes e sua forte crença em seu próprio trabalho, o SEPULTURA foi inserido no mapa, e o Brasil também. Por isso, a parte que considerei mais interessante no livro é o período do início do SEPULTURA, quando tudo estava começando, e bandas como DESTRUCTION (que, segundo Max, inspirou o nome "Bestial Devastation" com seu EP "Eternal Devastation", ainda que haja uma discrepância, pois o álbum do SEPULTURA foi lançado antes de Eternal Devastation, a informação consta no livro, cap. 5, pg. 59), SODOM e o próprio DORSAL ATLÂNTICA eram a sua referência.

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Uma das partes do livro mais esperadas por mim, a qual cheguei sedento para ler, é a que retrata o momento em que o SEPULTURA sofre a sua dramática cisão com a saída de Max e a empresária Glória. Esperava ver uma declaração mais esclarecedora das coisas, no entanto, pouca coisa nova foi dita. Aparentemente Max ainda não entendeu o porquê de seus companheiros de banda se recusarem a continuar com uma empresária que fez uma trabalho tão bom - e nisso eu concordo - e os conduziu ao topo. O frontman parece não ter enxergado que algo de fato aconteceu na época para causar a insatisfação de seus companheiros. É uma mescla de indignação e ingenuidade. Mas uma coisa fica bem clara; a tristeza que permeia essa pessoa é forte, e o livro torna isso mais que compreensível. O SEPULTURA foi todo criado e moldado pela alma de Max Cavalera. Sua personalidade forte transcendeu sua mente e foi replicada em forma de música. Portanto, a sensação de posse jamais abandonou o músico.

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No decorrer da obra, conheci um Max muito gentil e sereno. Um Max que já fez muita merda na vida, mas que foi tolerado por seus entes queridos graças ao seu caráter nobre, agradável e emotivo. Um Max que não pára um segundo sequer de compor músicas baseadas em seus sentimentos sempre expostos. Ou seja, conheci a pessoa Max Cavalera e seu lado mais humano. Esse tipo de leitura nos aproxima ainda mais do autor, e no final, a gente tem vontade de ouvir SEPULTURA, SOULFLY, NAILBOMB e CAVALERA CONSPIRACY.

A leitura de "My Bloody Roots" é tranquila e prazerosa. Não necessita ser um intelectual para encarar este livro. É um processo descontraído, como se o próprio Max estivesse conversando com você e lhe falando sobre sua vida. Recomendo, não apenas para os fãs do Max, mas também para qualquer um que se interesse pela história do Heavy Metal brasileiro.

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Sobre Aloysio França

Nascido em 1980, ex-guitarrista e vocalista de Thrash Metal, atual artista gráfico e podcaster no site Megalomania-Metal. É também um leitor orgulhoso de Tolkien e Cornwell. Não discrimina gêneros, mas sim música boa de música ruim.
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