RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Tony Iommi relembra o dia em que foi salvo da morte por "três anjos" ao bater de carro

Porque Mike Shinoda, do Linkin Park, odiava os fãs do Metallica; "nós éramos os garotos do hip-ho

Gene Simmons comenta onde o Kiss conseguiu ir bem mais longe que os Beatles

Myles Kennedy confirma estar trabalhando em novo álbum com Slash

O riff de Dimebag que é o preferido de Rex Brown; "Dime achou que estava horrível"

O membro do Mötley Crüe que só toma banho uma vez por semana, segundo a própria esposa

A disputa de Legião Urbana e Raul Seixas para entrar em trilha de série da TV Globo

O clássico do EL&P que Greg Lake escreveu aos 12 anos numa guitarra com uma única corda

O que torna Ozzy Osbourne gigante mesmo não sendo músico, segundo Zakk Wylde

Como Blaze Bayley pisou na m**** quando foi trabalhar com Steve Harris pela primeira vez

Será? Paul McCartney indica lançamento de disco novo para 2025 como promessa de Ano Novo

O solo de "The Wall" do Pink Floyd que David Gilmour não conseguia tocar

A breve e intensa era do grunge que abalou o mundo

A imensa diferença de tempo que o Metallica e Iron Maiden levam para se preparar para a turnê

Por que o RPM não gravou o quarto disco de estúdio, segundo Paulo Ricardo


Love Street: HQ dos anos 90 inspirada em música do The Doors

Por Adriano Carlos Tardoque
Fonte: Blog Sonoro Panegírico
Postado em 03 de março de 2013

No ano de 1999, o primeiro número da minisérie The Sandman Presents: Love Street foi lançado nos EUA. Inspirada em uma música de mesmo nome, gravada pela banda The Doors, como a segunda faixa álbum Waiting for the Sun (1967), o autor Peter Hogan buscou em sua adolescência a ambientação ideal para imaginar como teria sido conviver nos anos de rebeldia, com uma lenda das HQ’s: John Constantine, um manipulador de forças sobrenaturais entre o céu e o inferno, criado pelos geniais Alan Moore, Steve Bissette e Totleben John, do selo Vertigo, braço da DC Comics. Usando como fundo a atmosfera da paz e amor, que adornava a mentalidade dos jovens que propunham uma transformação do mundo nos idos anos 60, sob a influência da Era de Aquário, tendo os hippies como mestres de cerimônias e mediadores dos conhecimentos ocultos, Hogan procura não somente usar Constantine como uma peça do seu "alter ego" em uma história sobrenatural, mas posicionar-se criticamente sobre sua geração.

Doors - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Em texto publicado originalmente na seção On the Ledge da revista (que na edição brasileira de 2002, apareceu na contracapa do volume um), escreveu: "Em 1968, eu era muito parecido com a versão adolescente de John Constantine (...) Como ele eu fingia ser alguns anos mais velho, para poder trabalhar na imprensa clandestina e fumar maconha nos quartos de Notting Hill, com meus amigos hippies de vinte e tantos anos – o equivalente a fugir de casa para se juntar a um circo. Eu vi bandas importantes de graça no Hyde Park, aprendi a andar descalço em qualquer lugar (...), e fiz várias coisas idiotas. Felizmente, o mundo era mais inocente na época (...) E é claro, a diversão não durou. "Eu odiei o que os hippies se tornaram," Constantine comenta em Love Street, e eu concordo – o começo dos anos setenta foi realmente perigoso, o clichê hippie que as pessoas lembram. Mas eu adorava como eles começaram, e de uma certa forma, eu ainda gosto. Questionaram e arriscaram, criaram livros estranhos, trazendo muito barulho e cor para o mundo; entrar no jogo gargalhando sem medo de passar por idiota enquanto buscavam a sabedoria. Resumindo, eram todos os bons motivos para ser adolescente (...)"Por outro lado, como a maioria dos adolescentes eram um pouco bagunceiros. Verdade seja dita, havia várias boas atitudes sociais e conceitos filosóficos (além das roupas) que agora admitimos que foram testados pela primeira vez na época, e não há como negar que era um processo interessante, mas também era altamente tapado e carecia de qualquer tipo de senso discriminatório. Eu odeio falar mal dos mortos, mas Timothy Leary era um idiota perigoso – embora na época, ele geralmente gozava de do mesmo respeito que Buda. E não deixe ninguém lhe enganar dizendo que os anos sessenta eram anos dourados. Eles foram, na realidade muito sombrios, um tempo cinzento, onde todos aqueles grandes discos e programas de TV que as pessoas lembram vieram bem lentamente, na verdade em doses pequenas, e brilharam como diamantes em meio a tanta lama. Você pode ir comprar o melhor agora – apenas agradeça por não precisar escutar o resto, ou tenha que lidar com aquele mundo".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A história se passa em dois momentos: no presente (1999), quando uma amiga sua e de John Constantine encontra-se em estado terminal em um hospital. Com o desenrolar dos fatos, a ação volta para o ano de 1968, quando um grupo de amigos que vive do ideário hippie concentra-se em uma festa promovida por um guru espiritual. Acidentalmente, após manusear e repetir algumas frases de um livro mágico, um deles liberta uma entidade que toma o corpo de uma jovem (a mesma que no futuro está morrendo). A reunião dos amigos no presente, que estavam no evento passado, é a única alternativa de libertar a alma da amiga para descansar em paz. A confluência com os Perpétuos (personagens do universo Sandman) acontece neste momento, pois por alguma razão, Lorde Morpheus, o mestre dos sonhos está desaparecido à quase 50 anos (que numa conta rápida equivaleria ao período da das duas grandes guerras mundiais e explosão da sociedade de consumo), e seus companheiros do além estão em busca de alguma forma de trazê-lo de volta. Ao recorrer ao encontro de amigos para rememorar o passado e, juntos lutarem pela liberdade da alma de outro amiga Peter Hogan recorre não somente a nostalgia pela memória das vivências, mas ao que verdadeiramente reconhece como aquilo que ficou de todas as experiências. E não obstante, a música, como neste caso, é o veículo de viagem no tempo, criação e reconstrução de sentimentos:

"Love Street não é apenas sobre 1968. É ambientado também em 1999, e é como as histórias acabam. Sobre amizades que voltam a brilhar após décadas de separação, sobre ser honesto com você mesmo e mãos ideais de sua juventude conforme você cresce. Será que eu ainda acredito que o amor é tudo que eu preciso? Resposta não. Mas eu acredito que é tudo que realmente importa."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Referência: Sandman Apresenta "Hellblazer - Love Street", de Peter Hogan, Michael Zulli e Vince Locke. Editora Brain Store. 2002.

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Adriano Carlos Tardoque

Adriano C. Tardoque, 38 anos, Historiador, Pesquisador e Técnico em Museus. Estudou a História Social do Rock, com predileção pela contracultura e sua reverberação.
Mais matérias de Adriano Carlos Tardoque.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS