"Mandrake Project", de Bruce Dickinson, irá brigar nas listas dos melhores do ano
Resenha - Mandrake Project - Bruce Dickinson
Por Isaias Freire
Postado em 02 de março de 2024
Bruce Dickinson é um cara superativo, com 65 anos podia estar descansando sobre sua fortuna, brincando de esgrima, pilotando qualquer coisa que voa ou simplesmente escrevendo mais um livro. Mas não, se não está com o pessoal do Iron Maiden, está cantando com o pessoal do Deep Purple ou lançando um disco solo. Bruce Dickinson não tem picuinhas, canta Paul Di´Anno, canta Robert Plant, canta Ian Gillan, canta Dio, canta Blaze Bayley. Não tem medo de comparações e seu novo disco passa longe de ser um cover do Iron ou de si mesmo.
Bruce Dickinson - Mais Novidades
"The Mandrake Project" é um disco dark, denso e com letras sombrias sem ser doom.
"Afterglow of Ragnarocok", começa como algo do "Black Sabbath 13", evolui para um rock de vários nuances com refrão fácil e com um solo a lá Randy Rhoades. "Many Door to Hell" tem uma pegada parecida com "Senjutsu", apresenta mudanças de andamento e uma guitarra interessante ao fundo, só não é a música mais Iron Maiden do disco pois temos "Etenity Has Failed", uma versão menor de "If Eternity Should Fail" que abre o "The Book of Souls". "Rain on the Graves" possui um formato não usual para Bruce, se não fosse o refrão, a música toda seria diferente do que estamos acostumados a ouvir. "Resurretion Men" começa com uma levada tipo Western. Lá pelo o meio da música apresenta influências claras do Black Sabbath voltando para o Western no final. "Fingers in the Wounds" tem cores de oriente médio e um piano presente. A voz de Bruce casa bem com esta música. "Mistress of Mercy", tem uma guitarra pungente, porém é a música mais fraca do disco. Com a bela "Face in the Mirror" o disco entra em uma vibe mais lenta que vai até o final. A música não tem nenhum instrumento plugado, o piano dá as cartas e o solo do violão é do próprio Bruce. "Shadow of the Gods" começa com um piano e continua na levada mais lenta até a quase o final da música, quando pula para algo mais pulsante terminando com o clima lento novamente. Denota influências das baladas da década de 70 e podemos até lembrar das lentinhas do Uriah Heep e dos três primeiros Deep Purple. O disco termina com "Sonata (Immortal Beloved)", quase 10 minutos de música tensa. O solo lembra David Gilmour e mesmo longa, não cansa ao ouvir.
A capa é legal mas peca pelo símbolo de somatório invertido no lugar do "E".
O disco como um todo é muito bom e irá brigar nas listas dos melhores do ano.
Outras resenhas de Mandrake Project - Bruce Dickinson
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
Youtuber que estava no backstage do último show de Alissa com o Arch Enemy conta tudo
Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Por que a presença dos irmãos Cavalera no último show do Sepultura não faz sentido
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
O maior compositor do rock'n'roll de todos os tempos, segundo Paul Simon
A obra-prima do Dream Theater que mescla influências de Radiohead a Pantera
A lendária guitarra inspirada em Jimmy Page, Jeff Beck e Eric Clapton que sumiu por 44 anos

Bruce Dickinson: Álbum mais próximo do Iron Maiden do que da sua carreira solo
Bruce Dickinson e o lendário projeto Mandrake
Bruce Dickinson relembra, com franqueza, quando foi abandonado pelos fãs
Bruce Dickinson não sabe se o Iron Maiden seria tão grande se ele não tivesse voltado à banda
Steve Harris não tinha certeza de que deveria aceitar volta de Bruce Dickinson ao Iron Maiden
Graham Bonnet confirma que Bruce Dickinson já gravou sua parte em música colaborativa
As duas músicas que Bruce Dickinson usa para explicar o que é rock and roll
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
O ícone do heavy metal que iniciou a carreira solo por acidente
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


